sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Let it be

Não apareça mais aqui, por favor.
Tire seu rosto da minha memória
E me faça esquecer o que nunca aconteceu.
Me deixe esquecer o formato do seu sorriso,
A maneira como fecha os olhos quando sorri
Ou a maneira como ri das minhas piadas inócuas.
Me deixe parar de sonhar com você,
Com nosso encontro que nunca teve lugar nesse emaranhado de coisas não-concretas.
Me permita viver sem te querer.
Isso é uma súplica.
Me abandone dessa tristeza do que eu não posso ter.
Me prenda nesse quarto
Que seria perfeito pra nós dois.
Me mantenha nesse ar de previsibilidade e monotonia.
Não me deixe querer sentir seu cheiro bem de perto.
Não me dê espaço pra te amar.
Nunca acaba bem.
Me tranque dentro dessa eufórica melancolia
E aqui eu ficarei
Sem te esperar.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Em silêncio

Hoje é um dia de silêncio em meu coração.
A noite foi turbulenta. As memórias sacudiram minha mente,
As semi-memórias macularam meu descanso,
O irrealizável maltratou minha segunda-feira.
Hoje é um dia de tristeza.
Quero dar nome às lágrimas,
abandonar qualquer filete de felicidade
e falar bem baixinho.
Hoje é um dia pra ser sozinha,
pra reutilizar esse vazio de coisa nenhuma.
Hoje é um dia para sofrer
esse desafio da espera.

Sem álibes.
Sem motivos muito claros,
mas todos tão justificáveis.
Hoje é um dia nublado no meu coração.
Nem tempestade, nem sol, apenas nublado.
Pouco demais.
Não cura nem mata.
Hoje é um dia de músicas sussurradas,
angústia
e cigarro, se eu fumasse.
Hoje é um dia sufocante.
As mágoas dos últimos tempos estão se organizando
pra tomar minha fé.
Hoje é um dia de quietude;
silenciar,
pra quem sabe entender.
Ouvir apenas... pra continuar vivendo.
Hoje é um dia de poesia...
a mais triste que puder ler.
Hoje é dia de soluços contidos.
Dia de pensar a verdade sobre si mesmo
e apenas chorar. (não há outra opção)
Hoje a palavra melancolia é pequena demais
pra conter tantos significados supostamente ocultos.
Hoje nem o uso de primeira pessoa consola.
Hoje é um dia de olhos fechados
e stand by.
Hoje nem a súplica é suficiente.
Hoje é um dia de nadas.
Hoje é um dia pra esquecer.

Cala essa dor dos silêncios do meu coração...
Não quero mais.






Você que já não diz pra mim
As coisas que eu preciso ouvir
Você que até hoje eu não esqueci
Você que eu tento me enganar
Dizendo que tudo passou
Na realidade é que em mim você ficou

Você que eu não encontro mais
Os beijos que já não lhe dou
Fui tanto pra você e hoje nada sou.

(Roberto Carlos)

domingo, 8 de novembro de 2009

Nothing

Não preciso de desculpas para me conter.
Não preciso de motivos reais e plausíveis para escrever, essa verborragia me persegue a tormenta,
maltrata e acalenta.
Não preciso de olhares vazios de sentido ou ligações baseadas em desejos pouco úteis pra me sentir bem no final da noite.
Não preciso de consolo porque o que sinto vai bem além de tudo que eu posso explicar.
Meu lirismo é romântico.
Saúda aqui a melancolia que definitivamente me cabe,
Toca a solidão que eu mesma... preciso entender.
Não preciso dessa música tocando tão alta,
esse catalizador de sentimentos.
Eu sinto sempre e tanto.
Esgoto as possibilidades da primeira pessoa,
exagero o exagero de qualquer coisa.
Não preciso entender essa ausência do que não existe,
estou esmurrando meu teclado preto
em busca de supostas respostas que não vão acalmar meu espírito em nenhum sentido.
Não preciso de pessoas novas,
festas movidas a futilidades
ou beijos sem porque.
Preciso de qualquer coisa
que não pertença à esse ciclo de mágoas e déjà vu.


Nada, não é nada não...
Não me pergunte porque eu não estou.

Sempre nadas
me atormentando

domingo, 25 de outubro de 2009

Previsivelmente

Frequentemente tinha vontade de sair correndo.
De largar tudo pra depois, pra um data indeterminada.
Queria apenas esquecer.

Queria ser clichê e aceitar isso bem calmamente.
Queria saber sobre o que escrever agora.

Quase sempre queria escutar uma música que ainda não existe
ou ouvir uma palavra completamente nova.

Tudo é tão pouco.
Nada é tão interessante.

Seus olhos castanhos estão querendo mudar de cor,
seu cabelo está se rebelando,
suas roupas estão organizando uma revolução:
tudo em prol de uma novidade.

Previsivelmente.

domingo, 18 de outubro de 2009

Conclusão drástica ao post anterior

Eu não sei esperar. Fato.
Não sei não contar os milésimos de segundo,
não olhar o relógio permanentemente,
não ligar insistentemente,
não mandar mensagem.
Quero saber sempre e tanto
porque se atrasam,
porque o amor não aparece,
porque esse tempo de espera é tão sufocantemente chato
(E um tanto controverso, devo dizer).
Não sei esperar pela chuva quando está muito calor:
Eu quero mesmo é que caia a tempestade de uma vez.
Não sei esperar por um sorriso
em meio às lágrimas;
Quero mesmo é uma crise de riso interminável.
Não sei esperar compreensão
quando não sabem nem me ouvir
e só me julgam.
Não sei esperar por mais um dia
quando o que me sufoca está se manifestando e sobrevivendo das horas desse dia cinza.
Não sei esperar por alguém
que não tem a capacidade de se entregar a um sentimento mais profundo e que esteja além do seu mundo fútil e torpe, maculado pela hipocrisia.
Não sei esperar pela calmaria da fé
quando as dúvidas me perseguem e me fazem vacilar.
Eu quero - e preciso- acreditar definitivamente em tudo que possa me fazer mais feliz, agora mesmo, sem volta.
Não sei esperar pelo tempo do plural
enquanto vivo a singularidade distorcida dos meus exageros
e personalidade tão intensa.
Eu quero plural e tempo verbal comandados pelo meu coração
e desejo.
Não sei esperar pelo próximo final de semana e festa
enquanto o silêncio da minha mente me pressiona.
Quero barulho e diversão sem fim.
Não sei esperar pelo CD novo do fulaninho de tal,
quero descobrir músicas novas todos os dias
para embalar todos os momentos.
Não sei esperar pela inspiração,
eu preciso transformar em palavras tudo que estiver (ou não) ao meu alcance.
Não sei esperar pela vida perfeita, momento perfeito
eu quero viver desesperadamente todos os momentinhos, todos os defeitinhos. Sofro de gula congênita.
Não sei esperar pela pessoa perfeita,
ela se perdeu no caminho e eu não posso educar minha suposta paciência
porque eu não sei e não posso esperar.
Não sei esperar.
Será que eu quero aprender?






'No breu de hoje, sinto que
o tempo da cura tornou a tristeza normal'

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Waiting

Vou deixar um banquinho ali e ir dormir em casa.
Ou quem sabe pagar alguém pra guardar meu lugar.
Posso me mudar pra lá e esperar bem pacientemente:
talvez um dia a fila se mova, ainda não sei.

Eu poderia fazer uma faixa bem grande
ou escrever 'eu vim aqui só pra te ver/te ter'!
Quem sabe me vestir de amarelo pra chamar mais atenção
ou usar salto alto pra conseguir ver mais além.
Já coloquei meu MP3 na mochila, uns livros e meu caderno de poesia,
acho que vai dar pra ocupar o tempo.
Provavelmente vai fazer frio,a chance de tempestade é muito grande
então já trouxe minha umbrella florida e meu casaco azul.
Tenho um plano perfeito.
Assim que abrirem os portões eu vou sair correndo sem olhar pra trás
vou fechar meus olhos
e me jogar na sua vida.
Seja o que Deus quiser.

Estou mesmo precisando de uma aventura.
Você é o escolhido.
Não deixe que eu me arrependa.





I guess you'd say what can make me feel this way

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Pensou

Pensou que precisava deixar o amor entrar.
Abrir uma porta ou janela da salvação... na verdade poderia ser mesmo uma fresta.
Que fosse mínima, quase imperceptível, mas que proporcionasse sorrisos irrefreáveis,
suspiros esporádicos e quem sabe um pouco de alienação.

Pensou que precisava mudar o destino dos seus olhares.
Ou ao menos olhar o 'mesmo' com diferença,
ver além do perceptível,
acreditar em coisas impossíveis, precisava muito.

Pensou que precisava ter mais fé,
menos horas de sono
e mais sonho.
Sonhos, sabe? Mas desses que se vive de verdade,
esses que você pode tocar, sentir, viver,
eventualmente se arrepender depois,
mas ainda assim, são válidos.
Válidos sonhos.

Pensou que precisava mudar
sem tanto medo
ou perguntas.
Apenas seguir seu coração.

Pensou que precisava falar menos
e agir mais.
Expressar seu querer de uma forma menos desesperada
e muitas vezes mal interpretada.
Aprender a amar, ela precisava.

Pensou que devia usar as palavras melhor
pra se chatear menos.

Pensou que precisava de si mesma
mais do que nunca.
Com ou sem hipérbole.

Pensou que precisava sair e entender de uma vez
o que quer que seja.

Para o bem ou mal,
apenas mudar.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Ele me entenderia

Quis continuar sentindo o toque da felicidade tocar a sua pele essa manhã. Mudou a roupa de cama, dormiu um pouco mais, pegou um travesseiro extra, ouviu até a música preferida... Procurou uma receita de suflê de queijo e passou o resto da manhã na cozinha.
Nada adiantou.
Se distraiu, fuçou as funções do celular quatro vezes. Ligou para uma amiga mas não queria falar.
Na verdade nem queria ouvir sua própria voz.Aquela voz cheia de falsa alegria e calma.
Queria se jogar no abismo dos seus velhos sentimentos mal interpretados.
Desde o último encontro com seus sonhos já se foi tanto tempo
e tantos problemas
e tantas lágrimas e pessoas.
Desde o último sorriso já se sentiu afundar na melancolia tantas vezes mais.
A melancolia é bem mais intensa e categórica.
Nem o esmalte vermelho dissipou essa maré de azar e gritos.
Nem mais nada contém essa tristeza chata e inoportuna.



Falta muito.
Pra calar esse desespero.

Falta muito.
Pra ela se sentir bem e pretensamente 'igual'.

Falta muito.
Pra passar essa sina inominável.


Só Renato Russo entende :

'Hoje a tristeza não é passageira
Hoje fiquei com febre a tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela parecerá uma lágrima

Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza das coisas com humor
Mas não me diga isso!
É só hoje e isso passa...
Só me deixe aqui quieto
Isso passa.
Amanhã é outro dia
Não é?

Eu nem sei por quê me sinto assim
Vem de repente um anjo triste perto de mim
E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado por pensar em mim.'


(a diferença é que ninguém pensa)






O resto da música poderia ser verdadeira também...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O Encontro

Ela abriu seus olhos devagar, com medo de percecer que aquilo tudo não passava de um sonho... Como tantos outros que ela já teve, alimentou, sentiu, sofreu e viveu em terras longuínquas dos seus devaneios.
Viu aqueles olhos castanhos. Escuros, intensos... os olhos que ela queria dentro dos seus, os olhos que ela daria uma vida para ver.
Não podia ser mentira.
Viu o sorriso se abrir e iluminar o ambiente, inundando o restaurante daquela luz da completude do momento mais feliz.
Sentiu as mãos dele tocarem seu rosto. Era verdade.
Sentiu o perfume discreto dele se misturar com o cheiro de baunilha, vinho e sushi.
Ouviu aquela risada absolutamente fantástica se misturar com os sons que vinham de tão,tão distante.
Ele perguntou 'O que foi? Eu beijo assim tão mal?'
Ela só podia tentar esconder a lágrima que insitia em aparecer e murmurou 'você beijou a minha alma.'
Era difícil respirar. Ele tinha levado toda calma embora.
Deixou só esse sentimento absurdo de encontro.
Tudo verdade.
Ele a abraçou forte, protegendo-a do vento que vinha da rua... olhou-a com a doçura e a calma que a paixão não tem, mas que só o amor concede.
'Te encontrei, finalmente', ele disse, muito seriamente.
'Mas eu nunca te abandonei', respondeu ela.












Então, tu tome tento com meu coração
Não deixe ele vir na solidão
Encabulado por voltar a sós
Depois que o que é confuso te deixar sorrir
Tu me devolva o que tirou daqui
Que o meu peito se abre e desta os nós

Maria Gadú

domingo, 20 de setembro de 2009

Não era ouvida.
Silenciaram seu coração.


Não sentiam.
Não viam seus detalhes.
Desconheciam sua cor.

Não se importavam.
Na verdade nem era vista por completo.

Cobram sorrisos
e contentamento.
Só doam tristeza
e desalento.

Querem vê-la ser quem é
mas nem sabem quem é.

Precisam acreditar que tudo
pode ser diferente,
Mas é mentira.

Suas lágrimas são doces... tão velhas conhecidas.
O vazio que toma seu corpo
lhe é peculiar.

Não vai mais escutar
nem desejar mais nada.

Vai se esquecer.

Não vai ser nada do que foi antes.
Não vale à pena.


Que seja o que for,
e que parta sem deixar saudade.

Que perpetue esse ciclo de soluços
e mágoa,
incredulidade e raiva.

Que maltrate.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Enrolando

Na verdade eu estou enrolando.
Há horas procuro um tema pro post. Fiquei enrolando... olhei sites fúteis, orkut, li poesia... pura enrolação.
Talvez eu esteja tentando fugir do mesmo que me atormenta: a chatisse de ser/dizer sempre as mesmas coisas.

É uma espécie de tédio e tontura que preencheu esses dias de pré-primavera (mas com mais cara de verão que tudo);
É um cansaço generalizado de quase tudo e todos.
Todos mesmo. Principalmente de mim mesma.

Cansa ser.
Cansa sentir.
(culpa da Monografia também!)


Me enrolo, me controlo mas sempre me extrapolo

nas minhas ações,palavras, expectativas e sonhos.
Não sei me contentar com menos.
Nem com essa enrolação.
Por isso estou tão chata hoje.

Ah, então... cansei desse post tb.


Nada a ver:




mas sei lá.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Pra você

Como juntar as ausências que preenchem seu coração?
Como uní-las em prol de algo além das lágrimas e mágoa?
Quisera eu poder unir as partes do seu coração com um adesivo definitivo...
Quisera eu poder apagar as lebranças dolorosas.
Que permaneça só o sorriso
e a devoção que a amizade definitivamente exige.
Que permaneça só a calma que a certeza oferece.
Quero secar suas lágrimas
de maneira que elas desaprendam o caminho da sua face.
Quero reparar essa tristeza
para ouvir sua doce risada de novo.
Pra rirmos com ou sem motivo,
pra vivermos esse tempo de sonhos e efemeridades.
Só o tempo revela, cura e supre nossos desejos.
Não adianta questionar...
O tempo vai passar e levar o que não pertence ao
presente nem ao futuro.
Então faça suas malas
e leve só o que ficou de bom.
Existe limite de bagagem
porque o futuro exige espaço...
Intocado, folha em branco, recomeço.
Eu estarei e esperando no desembarque.
Não se preocupe.







Weeping willow,

With your tears running down.

Why do you always weep and frown?

Is it because he left you one day?

Is it because he could not stay?

On your branches he would swing,

Do you long for the happiness,

That day would bring?

He found shelter in your shade,

You thought his laughter would never fade.

Weeping willow stop your tears,

For there is something to calm your fears.

You think death has ripped you forever apart,

But I know he’ll always be in your heart.






Meu melhor amigo. Te reencontrei depois de tanto tempo...
sofro com a possibilidade de te perder para a amargura.
Reaja.
Eu estou aqui com você.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A verdade

Abruptamente me viu.
Assim, meio de surpresa...
Assasinou os pequenos sentimentos que viviam me rondando.
Aniquilou aquelas memórias que tanto tempo não conseguiu mover.
Abandonei as perguntas sem razão e as pessoas pequenas que não merecem minha vida.
Acabei caindo na tentação de esperar. É sempre assim. Para os poetas ou não.
Assumo: quero.
Aceito: sorrisos, carinho, bilhetes, devoção, beijos, interesse, mãos dadas.
Adoro tudo: voz, olhar, inteligência e caráter mas tenho medo da perfeição...
Ao seu lado eu iria até onde minhas palavas perdem o sentido, eu saberia mais do muito que ainda não entendo, eu viveria mais do que meus sonhos premeditam.
Anuncio aqui o que não pode ser dito lá.
Ainda que eu me cale, aqui vive essa estranhisse que não me deixa ficar triste, reparar que já está tarde ou quantos textos eu não li.
Acordo pensando na poesia que eu posso sentir no ar... e
Acredito mesmo que existe um mistério rondando nossos nomes e futuros.
Aqui eu posso acreditar e até viver o presente desse desejo.
Aqui eu posso te amar. Manter seu nome nas entrelinhas.
Arrumar meu coração pra você.
Ajustar o tempo de saudade.
Assim.... é assim mesmo que eu quero me manter até você chegar.
Ameno amor.
Assustadoramente completo.
Apaixonadamente meu
Amor.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Saravá desse suposto amor!

Andei pensando nas razões do (suposto) amor.
O que te conduz no caminho do amor?
Quais são rotas para se chegar aos sentimentos de outra pessoa?
Como despertar o tal gigante adormecido que fatalmente existe em todos nós e que conecta as pessoas (provisóriamente ou não)?
Parecem perguntas clichês, simplistas e sem futuro, mas a especulação sobre o assunto me agrada profundamente.

Estou permanentemente tentando entender como esse tal sentimento brota, toma os seus, os meus, os nossos dias sem qualquer consentimento e modifica a maneira como vivemos e enxegamos a vida.
Existe um mapa? (se alguém encontrar, me avise,por favor.)
Existe previsibilidade quando se trata de sentimentos?
Porque eu sempre me envolvo com altos, chatos, idiotas, sem noção e morenos se o que eu quero mesmo são altos, inteligentes, românticos, diveridos (e morenos)?
Porque metade das minhas amigas está ou esteve com algum desses caras bossais também?
Porque a maioria delas (e eu esou incluída nessa estatística) se contenta com tão pouco?

Nãoo.... amor pede EXAGERO!
Que palhaçada é essa de aceitar só um pouquinho, de desejar só um pouquinho ou se contentar com o zé fulano que não acrescenta nada, só sabe reclamar, falar de si mesmo ou te tirar o brilho da vida?

Saravá desse suposto amor!

Se eu soubesse a rota pra atingir o total, completo, calmo e definitivo amor, eu provavelmente não estaria aqui, divagando sobre o assunto já que amor pede presença e eu estaria com o meu.
E você que esta lendo estaria com o seu.

Como somos todos (na maioria,pelo menos) uns sem-amores extras (porque amor próprio é item de série mesmo!), vamos aproveitar o momento e deixar cairem essas máscaras de falso contentamento, de quietude e descupas esfarrapadas.

Se rebele!

Assuma que você quer/precisa de um amor que te faça melhor, e não mais um que te tire o sono (injustamente)!



Quem pode dizer,com total segurança que nunca vai sofrer/nunca sofreu por amor?
É hipocrisia dizer que não. Se não sofreu ainda, se prepare porque o dia de todo mundo chega. Fato.
Até os mais descrentes já choraram, já se fizeram a mesma pergunta várias vezes,já encheram a paciência dos amigos falando dele/dela, já prometeram o impossível (não lembrar, não ligar, não sentir a falta e tudo o mais...), já caíram em clichês, já fizeram merda (sóbrios ou não), já se arrependeram terrivelmente...

Então... Se tudo isso fatalmente vai te acontecer um dia... QUE SEJA POR UM BOM MOTIVO: por ter amado demais.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

À pedidos (meus e alheios)

Declara-me que não pode mais viver sem o meu sorriso.
Espalha sobre mim todos os seus sonhos mais absurdos e intensos.

Pra ontem ou pra daqui muitos anos... quero viver o seu amor sem prazo de validade.
Quero escutar sua gargalhada fantástica sempre e tanto.
Quero te apresentar à poesia concreta
e a discreta, que está na vida que eu te concederei.


Use sua voz pra me dizer que tingi seu mundo de outra cor.
Sem medo de ser ridículo, use seu tal romantismo pra me amar e
me conceder uma fonte totalmente inusitada de lirismo.


Grita que me vê além das minhas frases e exageros...
diz que sabe o que se passa em meu torpe coração
e sentimentos sem álibes.

Metade de mim, toma a parte que falta e declare sua posse.

Com você eu abandonaria esse subjuntivo e viveria o presente da completude
sempre que pudesse olhar e viver essa sua doçura.

Faça-me esquecer quantos dias passaram antes ou depois do nosso último beijo.
Derrama o juízo
e mantenha nós dois assim, unidos, sempre.

Intensamente, completamente... me sequestre pra você.
Não contarei a ninguém que sou sua prisioneira,
ré confessa
e vítima que consente o cárcere da sua paixão sem medidas.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Destinatário

Existe um destinatário pra essa quase-possível-torpe poesia?
Existe alguém para ler essa rotina de palavras tão febrilmente quanto eu escrevo?
E amá-la em igual intensidade?
Sentir a linha seguinte gritar aquidentro,
ver crescer esse desabafo quase sempre pessoal
ou às vezes completamente impossível e distante?

Quem acompanha as madrugadas de café
e frio dessa sala quase azul?
Quem pode me ver vestindo meu pijama juvenil, ouvindo Ana Carolina
e escrevendo sobre essas pequenas-grandes coisas que me atormentam e que me mantém?
Quem puxa a cadeira para que meu eu-lírico se acomode e me sussurre o que precisa ser dito?
Quem me consola depois, quem participa desse processo de pântanos e paraísos sentimentais?
Quem poderia entender o que ocorre aqui quando não consigo me concentrar em mais nada além do que vive aqui?


Existe um destinatário?
Não... é presunção demais achar que uma pessoa seja responsável pelo que aquivive.
É inegável que grandes e irrelevantes seres momentaneamente impulsionam minha inspiração... mas é só estopim, passível de substituição.

Bom mesmo é quando eu e a garota devaneios estamos sozinhas, bem aqui... Trocando olhares e questionamentos...
Cantarolando The Beatles e vendo as horas correrem nesse mar de irresponsabilidade acadêmica e satisfação lírica.

É aqui que tudo (ou quase tudo) se materializa e permanece
ou ainda se esvanece entre as palavras que muitas vezes não posso pronunciar.

Hoje existe um destinatário... ele não vai ler, nem saber,
mas ele já vive aqui. Não é o óbvio, mas é novo, surrealmente intenso e gratuitamente se instalou e anda tomando meus dias.

Falta pouco pra ele tomar todo espaço
em que vive a poesia

Para que finalmente viva também o amor.

No matter what I say or do
The message isn't getting through
And you're listening to the sound
Of my breaking heart

(James Blunt)

domingo, 30 de agosto de 2009

Sobriedade

Passei horas me enganando em sites torpes e idéias sem futuro.

A verdade é que esse meu jeito hipérbole de ser não me deixa viver os minimalismos da vida em paz.
Não consigo admitir a espera, a incerteza ou mesmo a inconstrância que me visita à intervalos estranhos e sem razão.
Tenho sido egoísta e tenho falado e pensando em mim mesma.
Tenho me mantido nesse silêncio intocado de mesmice e falsas esperanças.


Ser assim me faz ser quem eu sou... Não posso mudar, não sobraria mais nada...


Me inquieta e me faz vacilar perantes meus próprios desígnios.
Me desfaço em lágrimas ou palavras, tanto faz.
Essa verborragia é sintoma de saudade.
Saudade do que eu nunca senti.
Dos cheiros que me fazem falta, dos sorrisos que não me acompanham e das novidades que não me atingem.

Estou me cansando, isso é fato.
Esse uso de primeira pessoa é ridículo, já disso isso antes.
Será esse o propósito dessa 'quase-poesia' coberta de narcisismo?
Será essa a tal finalidade desses desencontros?


É a manhã de domingo batendo na janela.
Receio não haver sol.
Ainda que eu o anseie desesperadamente.


"Abençoados os que esquecem, pois aproveitam até mesmo os seus equívocos"
Nietzsche

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A chuva tem poder.

Me trouxe novos olhares.

E lavou velhos sentimentos.

Quando olho pela janela e vejo o dia cinza, aqui brota um sorriso completamente novo.

Que permaneça.


E 'que seja eterno enquanto dure'.

domingo, 23 de agosto de 2009

Suposto samba

Escutar samba me faz querer praia, novo amor, Cazuza e o balanço de uma rede.
Me escuto cantarolando e quero uma tarde de domingo só pra mim, só pra satisfazer meu desejo supostamente perpétuo de tocar violão,
entender um pouco mais os mecanismos da saudade,
conviver com as marés sentimentais aqui dese cerrado de incertezas.

Escutar samba me faz querer sol e sal,
deitar na areia da praia da quietude que é própria de quem se basta,
e se quer, assim mesmo, do jeitinho que é.
Aceitar-se e sorrir é preciso.

Essa cadência melancólica põe no liquidificador os sentimentos que ainda vivem aqui,
e quase alcança os futuros.
Tudo assim, com a delicadeza do 'monstro de delicadeza' de Vinícius...
Com a sutiliza das palavras ditas devargazinho,
como quem quer imitar as ondas do mar,
como quem quer naufragar esse barco cheio de porquês e textos mal escritos.

Essas palavras me calam. Posso quase me ver por fora, melancolicamente construída.
Constantemente exagerada.
Talvez o exagero sentimental desse samba me faça sentir quem eu sou, afinal.
Não é bem um rótulo,
mas esse 'samba-saudade' altera o jeito de sentir essa falta.


(Já dizia o orkut: Música boa, sem rótulos)

Perdi muito tempo escolhendo e perdendo.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Beija a minha boca e me faz esquecer as pequenezas do meu dia.
Me abraça tão forte que posso sentir seu corpo como parte do meu.
Me olha e provoca meus sonhos.
Me deixa sem vontade de ninguém mais além de você.
Seu cheiro embriaga e confunde meus sentidos da maneira mais inexplicável possível.
Consegue me fazer dizer palavras que não são minhas,
me faz querer mais, muito mais do que posso sequer admitir.
Segura minha mão com cuidado
e não me deixa opção senão te querer em overdose,
em todos os momentos domeu dia,
em todas as ocasiões,
probleminhas
e obviedades da vida.
Me diz as palavras certas e me hipnotiza com seu sorriso doce e malicioso.
Me surpreende com sua intensidade,
me enlouquece com seus beijos bem calculados e telefonemas oportunos.
Me mantém amarrada à esse desejo.
Quero, e não nego. Você sabe me tirar de mim mesma.
Não acho explicação para querer sentir seu cuidado e abraços à intervalos medidos pela minha vontade.
Dê fim à essa saga de você.
De uma vez por todas.



(Me recuso a colocar a data certa. Que seja.)








'Eu paro e faço um desejo...'

sábado, 1 de agosto de 2009

Tenho formas de me definir(?) e de pensar eu mesma tão distintas e variáveis que escolher uma só seria self-covardia.
Tenho milhões de idéias pré-estabelecidas,
lágrimas sem razão,
músicas sempre repetidas,
sorrisos,
ideologias fracassadas,
sonhos insanos,
planos plausíveis,
detalhes inomináveis.

Tenho formas de me entender que variam com o mês, com o dia da semana, com a maneira que o sol toca meu quarto, com as palavras que escuto ao longo do dia.

Tenho uma auto-imagem fragmentada e bem completa,
marcada pela inconstância
e a passionalidade que são tão minhas.

Lanço olhares sobre meu espírito continuamente, questionando a pertinência do seu governo.
Me pergunto tudo sempre.
Racionalização necessária pra seguir em frente...

Bagunço minhas memórias e certezas. E frequentemente construo memórias. Profilaxia.

Posso escolher mil jeitos de me definir, mas nenhum suficientemente fiel.
Não é soberba.
É só que falar de sentimentos é muito mais difícil que vivê-los.
Se definir é muito pouco perto da complexidade de viver.

terça-feira, 28 de julho de 2009

A

Eu sempre tentei entender do que é feita a ausência, como ela se forma, como ela rompe as barreiras do tempo ou da lógica e de repente, toma seus dias.
Sempre tentei dividí-la em partes para tentar desmascarar essa dor mais que doída da ausência.
Algumas vezes tentei ignorá-la, colocar músicas, compromissos ou até outras pessoas no seu lugar...
Inúmeras vezes neguei, fingi que seu fantasma não estava aqui, solenemente observando a mediocridade do meu sorriso.
Poucas vezes abri a porta, servi um café e ofereci estada permanente a ela. Mas a tal ausência não pede licensa, não espera seu coração se fortalecer, ela simplesmente avança sobre suas certezas e altera os motivos das suas lágrimas.
Nunca partilhei da sua existência sem luta.
Mas não nego, ela está aqui, ela não se move.
Não posso explicar o que eu não entendo.
Não posso dar nomes a esse espaço imaculado.


Sem segundo tempo,move on, amnésia...

A ausência de mim mesma não me deixa te esquecer.


sábado, 18 de julho de 2009

Me socorra, antes que a pouca esperança se esvaia em lágrimas.
Me salve dessa seqüência de desastres.
Segure a minha mão e me leve pra um lugar longe do desprezo.
Dói
e dói admitir que dói.
Não consigo me ater a nada mais, porque tudo se esvai.
Não é assim com o resto do mundo.
Tem que ser assim pra mim, é fato consumado, provado e definitivo.
Pode ser muito por tão pouco,mas é o conjunto que machuca.
São as mil razões para ser triste.
É a falta de razão para parar de pensar assim.
Não se trata só dos outros, mas de tudo que está além de mim e o que está aqui dentro.
É muita melancolia. Contida, esmagada.
Onde estão as cem razões pro amor?
Onde está a ausência de explicação que o carinho e a devoção exigem?
Onde estão as partes de mim que já perdi com tanta decepção sequenciada?
Não consigo mais. Por mim, por ninguém, por tudo ou nada.
Meu limite é aqui.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Desmascarando Três - as palavras

Andei pensando no uso que eu, você e todo o mundo fazem das palavras. Isso na verdade é assunto recorrente na minha mente. Fico sempre tentando entender esse poder que elas contém, ao mesmo tempo tão sutil e tão definitivo.

É besteria pensar que não faz diferença, que uma palavra é só uma palavra e nada mais. Enganou-se! Uma palavra pode mudar tudo. Acompanhada de um sorriso, então... é fatal!

Quantas vezes nós usamos as palavras com total consciência do bem ou do estrago que elas podem causar? Eu posso enumerá-las facilmente, são tão poucas...
Algumas vezeseu digo só por dizer.Outras vezes quero dizer mas não digo. Finjo dizer mas não sinto. Outras vezes não digo, mas sinto tanto que se possível as palavras brotariam dos meus olhos;

Perco tempo escolhendo as palavras certas: pra não magoar, pra que entendam o que digo, pra que entenda o que eu sinto e porque sinto, pra rir, pra chorar.
São tantos usos e tantos caminhos entrecortados por vírgulas e pausas.
São tantas idas e vindas sentimentais governadas pelas palavras...


'E a palavra vem
Pequena
Querendo se esconder no silêncio
Querendo se fazer de oração
Baixinha com altura da intenção,
Da segurança
Vírgula, parênteses, exclamação
Ponto, pula linha, travessão'

(O teatro mágico)

domingo, 12 de julho de 2009

Desmascarando dois - Permanência

Eu olho ao redor e vejo que as coisas não permanecem. Existe até um pouquinho de empenho às vzes, mas não perdura. A efemeridade das pessoas e seus relacionamentos assusta até quem está inserido nesse desvairio.
Os sorrisos não perduram, as palavras se perdem, as demostrações de afeto são banalizadas.

Não se engane. As coisas não permanecem. Seus amigos vão embora um dia, o esmalte vai descascar, ele não tem a menor intenção de manter você na sua vida, o tempo vai virar e você vai passar frio naquela festa, o CD vai riscar,as horas voam e levam os detalhes.

Onde está a indignação com essa situação?
Onde está a surpresa?
De onde estou só estou vendo o seu olhar de descaso
e de tanto faz.

Só algumas permanências são notadas. Aquelas que nos incomodam profundamente, as que são mais visíveis. Mas no geral, ninguém percebe que às vezes essa efemeridade é um perigo, sobretudo quando se trata de sentimentos.
Aí é rezar, bater na madeira três vezes e olhar bem pros lados, porque fatalmente as coisas vão passar (pro bem e pro mal), você vai permanecer bem onde está, com sua meia dúzia de memórias e um inimigo invisível pra vencer: seus próprios sentimentos,eles permanecem.

Então pense bem no que fazer e faça, simplesmente. Só não deixe que permaneça a dúvida. Jamais.
Antes a permanência do arrependimento pelo que foi feito que a medíocridade do 'e se'.
Estou sendo repetitiva: covardia não,pelamordeDeus.
Enfim, preste atenção no que vive ao seu redor e para além do último capítulo da novela. Tome partido na decisão do que vai permanecer e do que vai partir pra sempre. Existe uma maneira de fazer isso, eu sei. Assim que provar desse relief, darei meu testemunho.

O que vai ficar? Nesse momento, prefiro não saber. Prefiro manter o que está aqui e nada mais. Que eu permaneça sozinha à beira desse emaranhado de palavras.

so you found
a better hiding place than on the ground
inside the image
of who they think you are
I wish the best of everything for you
I hope you know that honestly I do
how long can you run
turn your back on everyone
just let me know
when you're tired of being alone
so you wait
all through the night and day to day
wait for the illusion of the perfect song
I wish the best of everything for you
hope you know that I honestly I do
how long can you run
turn your back on everyone
just let me know

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Desmacarando Um- Escolha já o seu covarde

(Essa é a série DESMASCARANDO que começa hoje. É um projeto antigo, na realidade. Serão altas doses daquele 'sentimento' que chamam por aí de feminismo, mas não concordo com o termo. Blog meu, opinião minha. Não quer ler, não leia.)


O que se pode sentir quando se vive num mundo cercado por covardes? O que fazer quando se sabe que os olhares são ao acaso, que a tentativa é por conveniência, que as palavras são pronunciadas sem o menor cuidado?
Se você não sabe a que tipinho de gente a que me refiro, não se preocupe, pretendo deixar bem claro pra que você se afaste assim que ver um por aí.

Eles estão sempre vestidos com as melhores roupas. Sim, por fora, Carmim, mas também me refiro a vestimenta intelectual. São sempre os que leem muito, sabem muito, falam mais ainda. Adoram discutir política, religião, cultura em geral, são sempre tão simpáticos... Eles é que dizem 'bom dia' ao entrar no ônibus e agradecem ao caixa mal-humorado do Banco do Brasil em plena segunda-feira; eles pedem que você assine a chamada pra eles 'estudarem', mas sempre com um sonoro 'por favor'. Aliás, eles usam 'obrigado' como ponto final, eles estão sempre dipostos a tornar seu dia menos cinza com um enorme sorriso.

Eles sempre reparam quando você muda o cabelo, quando pinta as unhas de um vermelho diferente, eles sempre estão por perto quando você precisa de alguém pra carregar as pastas pesadas, emprestar um guarda-chuva ou um casaco, eles sempre se dizem amigos incondicionais. E eles levam isso muito à sério, eles estão sempre prontos pra te apoiar, pra te ouvir. Eles começam a não atender o celular perto de você, nem respondem e-mails ou mensagens... eles estão sempre disponíveis, on-line no msn e com comentários sempre atualizados no twitter. Eles comentam suas fotos no orkut, eles visitam seu blog periodicamente e fazem comentários pertinentes e profundos(pessoalmente, de preferência), eles prestam atenção no que você diz, eles tentam te agradar, te convidam para passeios inusitados e não aceitam não como resposta, eles eles parecem combinar tanto com sua vida...

Mas não.
Não se engane. Eles são covardes!

Quando você demonstrar o mínimo ( e quando eu digo o mínimo, é pouquíssimo mesmo!) de interesse pela vida deles, eles fogem! É algum tipo de joguinho de mão única, sem direito a seta ou pit stop.

São realmente tudo que você poderia imaginar e/ou desejar,e repare bem, que super detalhe:eles não são gays! Mas não precisa sorrir, nem chorar, não vai adiantar nada, eles vão continuar sendo covardes. Eles não vão lutar por você, eles vão pegar seu carinho, sua atenção( e até mesmo devoção), seus motivos pra ser quem você é, sua fé, seus sorrisos e jogar tudo isso na teia de hipocrisia e ciladas que eles controem com a destreza de um Deus que contrói seu mundo. Nesse ponto você já se amarrou na teia, jogou a chave fora e se vê na posição de vítima que consentiu o cárcere.

Eles estão aprisionados nesse mundo de aparências, de previsibilidade e monotonia, de inércia e rontina e te sugam sem piedade. Eles não vão mudar. Nem por você, nem por ninguém. Eles vão cotinuar por aí, enganando outras(os), falando as mesmas mentiras e prometendo mais do que podem cumprir. A saída é que eles só se relacionam com pessoas como eles, igualmentes tomadas pela covardia de ser pouco, tão pouco, e aceitar isso. Não falo de dinheiro ou poder, falo de personalidade.

É muito simplista, não acha?
Simplificar tudo é tão arriscado... mas eles são muito covardes pra admitir outra maneira de viver, outra maneira de encarar o bom e o mal da vida. Simplifique e tudo bem. Sorria e acene. (aliás, eles ADORAM acenar pra deus, o mundo e todo mundo e mostrar o quanto são vitoriosos, maravilhosos e bem sucedidos são)
Simplificar a tristeza e os problemas não funciona, é através da complexidade de cada um deles que crescemos, que amadurecemos e aprendemos a não cometer o mesmo erro.

Os covardes vivem caindo nos mesmo erros, porque eles não se permitem arriscar.
Eles não falam alto, medem palavras, passam a metade da vida pensando no que os outros estão pensando (e nas respostas que darão às críticas), eles não escutam música alta, não usam a calça jeans favorita porque ela já está meio puída, eles jamais se tatuariam. Eles não bebem nada além de água sem gás, sem gelo, mas com algumas gotas de limão; eles são impecávelmente CHATOS!

São hábeis na arte de te fazerem acreditar no que quiserem,
por isso, abra BEM seus olhinhos,
cantarole um mantra, recite pra si mesma 'pé-de-pato, bagalô três vezes!' ou mesmo Cante sua música favorita várias vezes pra não se contaminar enquanto eles falam que querem te ver amanhã. Quando chegar em casa, se olhe no espelho, se parabenize e se deseje mais um dia em segurança.
Se benza e se poupe de milhares de chateações futuras. Se você tem gênio forte, opnião pra tudo, é exagerada, orgulhosa e meio feminista, então... nem olhe nos olhos de um covarde, ele vai te dar trabalho!
Não são completos mentirosos....Uma amiga sabiamente me disse uma vez 'Não é que ele estivesse mentindo, é que aquela era a verdade naquele momento!'.
Se você sentir que você é a verdade do momento, corra! Vai ficar com alguém que consiga te manter como verdade universal!


E o pior: não ouse jamais dizer 'Dessa água não beberei!' porque infelizmente,minha cara, você vai beber, se engasgar e ter ressaca! Os covardes estão em número infinitamente maior que mulheres como você. A dica é: adie ao máximo e se prepare!
Você pode até se divertir com as infantilidades dessa raça insossa, mas sempre consicente que você simplesmente merece muito mais!




















"Would you catch me if I fall out of what I fell in
Don't be surprised if I collapse down at your feet again
I don't want to run away from this
I know that I just don't need this
'Cause I cannot stand still
I can't be this unsturdy
This cannot be happening
'Cause I'm waiting for tonight
Then waiting for tomorrow
And I'm somewhere in between"

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A grande família

Hoje abandonei meus pensamentos tortos pra reparar na minha família. Nas suas particularidades, na maneira como seus detalhes passam despercebidos e como nós alteramos fases de amor e ódio com tanta freqüência.
Minha mãe e sua mania de limpeza, a maneira como ela repete a mesma informaão várias vezes e como ela gosta de aumentar minha idade quando diz 'Mas você já tem 22 anos, minha filha, eu com essa idade já...blablabla', e como ela dimuniu quando diz' com 20 anos eu não podia chegar em casa a essa hora nunca!Os tempos eram outros...'.
Meu pai e sua mania de esportista e seus momentos de 'pastor'... as pregações são enormes, mas nós acabamos rindo e ele sempre diz ?: 'mas não é verdade?'.
Meu irmão e suas oscilações de humor, imitações e músicas. Ele canta no banheiro mesmo quando temos visita, ele fica jogando sabe-se lá que jogo até de madrgada e sempre está dizendo 'ow truta... eu vou usar o pc viu?'. Chato...!
Agora temos também a minha cunhada, sempre sorridente e me convencendo a comer pizza de chocolate.
Tem a emily, o digby,meu urso de pelúcia favorito desde os 13, o controle da TV que sempre quebra, a chave da porta que sempre se perde, a conta do teelfone astronômica.
São esses pedacinhos que provocam os sorrisos no dia a dia.
Os probleminhas também nos divertem, afinal. Se fosse tudo perfeito, não teria a menor graça.

Não sei não... mas eu não seria eu em outro lugar ou outra família.
Vida longa aos Ornelas!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

The music in me (ha ha ha)

Por que eu preciso de músicas novas sempre?
Pra mover essa rotina
e alterar os sorrisos?
Tentar mudar esse sentimento 'ah, q saco'?
Talvez seja pra me alienar,
ou pra mentir pra mim mesma.
É, pode ser. A minha playlist diz muito sobre mim e sobre o momento (mas não é bem um regra).
Quando eu estou ignorando as coisinhas, detalhes e tudo o mais que perturba a minha mente de 20 e poucos anos, eu escuto Jason Mraz, Oasis... até cantarolo fingindo interesse, mas na verdade o que eu estou querendo é gritar ao som de Linkin Park, Legião,Charlie Brown Jr. ou tentar alçançar os agudos da Amy Lee... eu grito com Cazuza, com a Cássia Eller, com quem mais atravessar meu caminho.
Quando eu estou fingindo ser feliz eu escuto Bob Marley, Jack Johnson e quando estou com muito, muito estômago, eu até escuto Colbie Cailat (ela me cansa às vzs). Trilha d Shrek e outros desenhos também vale!
Quando eu estou pensando em desistir, escuto Leoni, The Beatles e Teatro Mágico. (dentre umas merdas impublicáveis!)
Olha só, essa sou eu tentando me animar ouvindo funk! Nem vou citar os nomes! Passo pelo samba, pelo Chiclete e até pelo ASA... Jorge e Mateus, então, aos montes! Lembro das festas, das fotos, de tudo e qualquer coisa.
Mas acabo me rendendo e o emo-mode me toma! Aí só Radiohead e three doors down conseguem me deixar pior (confesso que uma música do 30 second to mars tb me arrasa!), e eu vou me jogando pelo sofá, pela cama, ou mesmo pela mesa do computador... só pra sentir pena da minha sina musical.

'Sina', do Djavan também é uma boa música pra um domingo à noite... Mas é muita ingenuidade minha querer separar minhas músicas pelo meu instável humor.
Falta do que fazer (ou melhor, falta do que eu queria fazer, tenho vários compromissos me esperando).

Mas que eu tenho uma lista mental mais ou menos pronta pra certos momentos e pessoas, ah, eu tenho sim.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Que

Queria dizer tanto mais, mas o tédio e as paredes estão me oprimindo.
Que amanheça logo, que eu me perca em meus compromissos esquecidos, que esqueça a chave e deixe o telefone fora do gancho.
Que o frio começe, que as mentiras se desfaçam, que eu possa sorrir e ignorar que eu sei muito bem os caminhos que meu coração sempre toma.
Que meu estômago pare de doer, que eu recupere a sanidade necessária para decidir, que eu viva esses minutos de chatisse sem atormentar ninguém além de mim mesma e do meu pobre blog lido por ninguém.
Que amanhã eu esteja cansada porque fiquei até tarde ignorando o relógio, ouvindo Leoni e procurando poesia na internet.
Que eu possa esconder as olheiras. Que eu possa caminhar por esse caminho de previsibilidade sem desejos homicidas.
Que a TV não esteja ligada perto de mim, que o quarto se arrume sozinho.
Que não me digam a palavra 'amor' em língua nenhuma que eu possa entender. Vai levar um soco. Vou virar as costas e te deixar agonizar. Eu acho é pouco.
Que o mundo continue surdo para minhas opiniões.... quem liga?!
Que os idiotas continuem achando que eu sou idiota também!
Que a luz vá embora, que o tal do sistema saia fora do ar quando chegar a minha vez!
Que a promoção acabe, que o suco de maracujá encareça!
Que apareça mais uma espinha bem no meio da cara,
que me não me vejam,
que me atropelem com sua hipocrisia,
que se exploda!
Torre, amasse, acabe!
Que se mate, ou encontre alguém pra fazer o serviço.
Que se revele, assuma logo o que tiver que assumir. Odeio covardes!
Que minha cama esteja bem fria quando eu for me deitar hoje. Que meu caderno de poesias esteja sem espaço.
Que esse tédio permaneça,
afinal...

é um porre mesmo!

Não tenho uma palavra

É começo de inverno, é final de semestre. Estou procurando músicas novas mas acabo caindo nos mesmos lá lá lá's. Estou procurando sentimentos novos mas acabo gostando de ser simbolista.
Curioso como a tal da rotina acaba levando os caminhos para o mesmo ponto.
Continuo com preguiça de ouvir longas histórias sobre nada, prestar atenção nos detalhes da novela, da última fofoca da cidade, da última super conquista do fulaninho de tal.
Parece soberba, mas é cansaço mesmo.
Ah, que tédio desse 'mais do mesmo' do qual Renato Russo já reclamou tanto...

Você não se cansa não?

De ouvir o papo furado, as mentiras dos mesmos bossais, das desculpas e eufemismos?
Eu me canso demais.
Eu sofro com isso. Mordo minhas bochechas, incentivo a úlcera, fortaleço a possiblidade do enfarto e coço a nuca insistentemente.
Chega uma hora do dia em que fatalmente eu penso (e às vezes exclamo para mim mesma): HEIN?

Será que todo mundo se conforma com essa chatisse?
Será que as pessoas acham que eu acredito nas suas boas intenções?

Contar um segredinho: nessa escola de medíocres em que você estudou, eu nem botei o pé, claro, mas eu recebi as correspondências, li tudo, fiz o dever de casa e mantenho meus olhos bem abertos.

Não adianta.

domingo, 21 de junho de 2009

Não se pode servir a Deus e a Mamom

segunda-feira, 15 de junho de 2009

TPM - Tenho Pressa Mesmo

Tenho pressa mesmo.
Quero que esse sentimentozinho inominável passe.
Não posso mais ouvir as mesmas músicas
no desespero de ouvir seu nome entre a melodia.
Não posso escrever besteiras de madrugada
e achar que o mundo se preocupa com minhas fases.

Tenho pressa mesmo.
Saia.
Me recuso a soltar as lembranças
em nome de uma esperança que brota, se alimenta e sobrevive sabe-se lá do quê.
Tenho crises de sonho
e momentos de racionalidade breves.

Tenho pressa mesmo.
Já mudei os móveis,
o layout,
o twitter,
a playlist do MP4,
a foto do celular...

Tenho pressa mesmo.
Quero atender o telefone e te mandar pro inferno.
Quero pintar minhas unhas de azul.
Quero vestir a minha blusa rasgada do Evanescense.
Quero comprar Häagen-Dazs,
Ler 'Marley e eu',
sentir 'nada',
ir pra próxima festa
e me divertir sem te procurar entre a multidão.

Tenho pressa mesmo.
Sou imediatista.
Quero uma solução pra essa insensatez.
Quero perfumes novos
e fotos novas,
pessoas novas que me façam esquecer suas pequenas opniões.

Tenho pressa mesmo.
Quero esquecer.
Já virou poesia demais.
Já me encheu a paciência.

Porre, macumba, novena, figa, pensamento positivo,
drogas alternativas, posts, corrida,
amigos, ingressos, alienação.
Nada foi suficiente.

Tenho pressa mesmo.
Quero esquecer que escrevi isso.
Quero esquecer que perdi tantas palavras com você.


Aliás, você e o Nando Reis são os culpados:

'PRA VOCE
GUARDEI O AMOR
QUE NUNCA
SOUBE DAR
O AMOR QUE TIVE
E VI SEM ME DEIXAR
SENTIR
SEM CONSEGUIR
PROVAR
SEM ENTREGAR
E REPARTIR
PRA VOCE GUARDEI
O AMOR QUE SEMPRE
QUIS MOSTRAR
O AMOR
QUE VIVE
EM MIM'

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Sem vergonha





Esse é um momento de súplica.

Esse é um momento em que meus olhos e meu coração não estão unidos.
Gritam verdades e dúvidas,
contradições...
Esse é um momento em que não posso mentir
ou fingir que a poesia que se esvai aqui não tem razões
ou destinatárioS.

Esse é um momento de súplica.

Rendo-me aos sentimentos sem nome que tomam
minhas noites de insônia.
Procuro uma supresa nesse mar de marasmo
e silêncios.
Esse é um momento em que minha voz não se atreve a pronunciar
o que meu lirimo grita...
Um momento em que os detalhes desse dia cinza se misturam às músicas no último volume,
festas,
beijos,
cafeína
e inclinação byroniana.

Esse é um momento de súplica.

Aqui está meu rosto para que você possa olhar
demoradamente
e tentar entender a complexidade (boa ou/e ruim)
que ele guarda.
É só um olhar, afinal;
É só uma foto dentre tantas...


Esse é um momento de súplica.
Vá além do aparente
e perceba o que está preso dentro de um sorriso.
Se demore em me ler
para que você possa misturar suas idéias às minhas.

Esse é um momento de súplica.
Rasgada,
óbvia,
sem vergonha.



Esse é o meu momento...

De súplica...

De mais do mesmo
de verdades veladas,
de falta,
de suposta alegria
ou melancolia... Não posso tentar nomear.

Se você sempre esteve aqui, obrigada.
Se você jamais partiu, permaneça.
Se você nunca esteve, não me olhe nos olhos ou leia meus textos preenchidos pela loucura de ser quem eu sou sem reservas.
Se você não pode suportar, admita.
Se você não compreende, desista.


Esse é um momento de súplica.
Fim. ( do texto, e não da súplica)

domingo, 7 de junho de 2009

Quase sem querer

Me acusa de ser quem eu sou.
Então, vá em frente, me prenda.
Me grite suas verdades questionáveis
e me faça renunciar a mim mesma.
Provoque o arrependimento,
desprendimento
ou qualquer sentimentozinho que eu preciso descobrir.

Me diz que eu não sei te amar.
Tudo bem.
Mas não questione o meu amor próprio, eu não vou permitir.
Dê meia volta se acha que eu preciso de doses de desejo ocasionais
e comandadas pela sua imperícia sentimental.

Me julga sem dados concretos.
Teve medo de entender e amar.
Covarde.

Me interpreta mal...
te falta inteligência e uma dose exagerada de lirismo ou vodka,devo dizer.

Me diverte com sua imaturidade
e suposto juízo.
Seus detalhezinhos, não me lembro de quase nada.
Sua voz some mais e mais...

Ela é substituída por poesia.


Adoro escrever sobre nada!




sexta-feira, 29 de maio de 2009

Silêncio

Dói mesmo.

Meu estoque de eufemismos acabou.


Talvez o silêncio
Nunca me perdoe
Por ter dito que te amo
Sou vítima de mim mesmo
De minhas próprias frases
Da minha própria consciência

Tenho procurado entender a minha vida
Mas as conclusões a que cheguei
Não são nada conclusivas
Esperei o tempo necessário para compreender
Que na verdade eu não posso ter você...

(REFRÃO)
A vida é assim
Eu tenho que me acostumar
Os dias irão surgir
O sol irá brilhar aqui...

E hoje é o primeiro dia
Do resto dos nossos dias
E eu ainda espero por você
Entre e feche a porta
Tente me entender
Acalme-se pois você vai ver
Eu posso te olhar
Também posso te tocar
Mas não com o coração...


E hoje é o primeiro dia
Do resto dos nossos dias
E eu ainda espero por você
Entre e feche a porta
Tente me entender
Acalme-se e você vai ver
Que estes são os meus problemas
Os problemas que não tenho
Que crio em minha mente por você...
Por você...
Por você...
Por você...
(Reação em Cadeia)

domingo, 24 de maio de 2009

'O mundo está ao contrário e ninguém reparou'

Cada dia mais eu vivo as provas dessa conclusão do Nando Reis.
Continuo me surpreendendo, contudo.
Quase ninguém repara, quase ninguém se importa.
Eu não me conformo.
Jamais me calarei diante do que eu acredito, certo ou não.

Whatever.
Tecla F5 é tão vital...


É muito pouco.
Escrevi muito pouco. Voltei porque eu adoro verborragia.
Nunca que me contenho.
Por que não posso apenas ser assim e encontrar a tal completude de quem se basta?
Minha poesia melancólica,minha doença pelo exagero, pela repetitividade, abraços, chuva e Fernando Pessoa vão continuar imóveis.
Mas o fato é que eu odeio a inércia desses dias de ausência.

Me pego citando frases e recuperando músicas velhas...
Tudo em busca do ar renovado que eu sei que mereço.

Eu preciso merecer.

Tudo misturado.
Está tudo misturado aqui.
Rock, blues, hardcore, pop... Muito mais do que eu posso entender
ou admitir.


Desejos inomináveis.
E ainda assim... o mundo ainda está ao contrário.

Eu permanceço.
upside down











'Eu sou a chuva pra você secar'

sábado, 23 de maio de 2009

Súplica

Eu peço calma pra seguir
e alternar os motivos dessa falta (ou mesmo exterminá-los).
Eu peço sensatez pra pensar
e não desperdiçar lágrimas por motivos torpes e pessoas fúteis.
Eu peço sabedoria pra escolher o caminho...
Não o 'certo' (já que isso nem existe), mas o menos errado.
Eu peço egoísmo pra me ver por completo
e humildade pra entender meus pequenos motivos pra ser triste.
Eu peço autruísmo pra absorver os ensinamentos da decepção,
as lições do tropeço
e a tranquilidade da decisão tomada.
Eu peço silêncio pra escutar minhas preces,
pra ouvir meu coração e conceder-lhe a chance de apenas sentir.
Eu peço tempo pra curar as feridas
e sorrir de verdade, sem hipocrisia.
Eu peço dúvidas pertinentes, respostas convincentes
e carinho ( e suas variações) sem álibes.
Eu peço velhas palavras
pra externar novos sentimentos.
Eu peço certezas
pra gladiar com essas velhas dúvidas.
Eu peço um espectador
pra essa poesia... e pra essa vida.
Eu peço um momento de calmaria
em meio à essa tormenta.
Eu peço qualquer parte de devoção
pra devolver meu ar e me mover adiante.
Eu peço um filete, apenas um filete de esperança(tão clichê)
pra me fazer sorrir.
Um pouco.
Hoje.




'O segundo que antecede o beijo
A palavra que destrói o amor
Quando tudo ainda estava inteiro
No instante em que desmoronou
Palavras duras em voz de veludo
E tudo muda, adeus velho mundo
Há um segundo tudo estava em paz' - Paralamas do Sucesso

Poetry is not a turning loose of emotion, but an escape from emotion; it is not the expression of personality, but an escape from personality. But, of course, only those who have personality and emotions know what it means to want to escape from these things.
T. S. Eliot

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Desejo de Ano Novo em Maio

O que eu quero mesmo é um amor que não me deixe escolhas.
Que seja categórico,
possessivo,
que não me conceda livre-arbítrio.
Que me puxe pelo cabelo,
me obrigue a olhar nos olhos e fazer loucuras.
O que eu quero mesmo é um amor
que não me dê saídas,
que me prenda
e jamais me pergunte 'você quer?'
Meus desejos pouco importam,
eu não tenho opção: preciso amar.
E amar muito,
redundantemente.
O que eu quero mesmo é um amor
sem pudor
ou hora marcada.
Sem tréguas ou 'tempos' (ridículos!),
cheio de recaídas e surpresas.
O que eu quero mesmo é um amor
sem precedentes.
Sem bula
ou antídoto.
Que mova meus sorrisos
e me cubra de beijos;
Que me abrace com desejo
e meu roube de mim mesma...
sem direito à resgate.







Que a minha loucura seja perdoada porque metade de mim é amor e a outra metade também.
Oswaldo Montenegro

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Copiar e colar é preciso

Versos Escritos N'água

Os poucos versos que aí vão,
Em lugar de outros é que os ponho.
Tu que me lês, deixo ao teu sonho
Imaginar como serão.

Neles porás tua tristeza
Ou bem teu júbilo, e, talvez,
Lhes acharás, tu que me lês,
Alguma sombra de beleza...

Quem os ouviu não os amou.
Meus pobres versos comovidos!
Por isso fiquem esquecidos
Onde o mau vento os atirou.




Sempre fui meio 'contra' explicar poesia, visto que sentir seria suficiente...
Mas essa madrugada lendo Manuel Bandeira (exaustivamente, aliás) pensei nas milhões de coisinhas que movem meu lápis e percebi que eu me explico através dessa pseudo-poesia, ou poesia ou sei lá o que eu penso escrever.
Mas será sempre assim: escrever me salva sempre. (a redundância é necessária)

Queria poder sentir o que os outros sentem quando leem o que eu (acredite:humildemente) escrevo;
Queria saber se atinge, e como atinge.Talvez essa seja uma das razões desse blog.

Ah... Bandeira acertou em cheio c esses versos... escolha a opção que quiser para me entender (ou não): posso ser muitas, mas continuo me guiando pela passionabilidade( neologismo?) que é tão própria da Rayanna ou da Garota Devaneio, tanto faz.
Ambas me mantém e me suportam.
Ambas me concedem o prazer da poesia.

Enjoy
whatever u do!

domingo, 10 de maio de 2009

Novidade

Sabe quando você não consegue admitir pra si mesma o que sente?
É covardia ou auto-defesa... ainda não descobri.

Sabe quando aquele velho sentimento sem nome continua te perturbando?
Roubando seus sorrisos
e se esquivando entre sua suposta fé?

Sabe quando você não consegue esquecer...
sua memória insite em te pregar peças, te faz lembrar detalhes
que já deveriam ter sido engolidos pelo tempo do 'tanto faz'.

Sabe quando seu coração dói,
mas ninguém sabe disso...?
Quando suas lágrimas não rompem o limite do perceptível
mas te condenam à uma solidão cheia de tormento?

Sabe quando você quer fugir e permanecer...?
Let go e pagar pra ver.
Pagar pra ver seus pequenos desejos serem esmagados pela realidade,
pagar pra ver sua singularidade sentimental.

Sabe quando o assunto já se esgotou
mas você continua sentindo a angústia?
Quando você não pronuncia mais o nome
mas sente o cheiro?

Sabe quando você se ignora
e tenta se distrair, sorrir, gritar, dançar...
mas nada acalma esse desespero - quase - silencioso.

Sabe quando tudo não passa de um engano?
E o que foi, o que será... não fazem o menor sentido.
Não existem sentidos,
nem álibes perfeitos.
Não parece existir saída pra essa obessesão.

Sabe quando você merece um sorriso... mas só recebe a indiferença?

Sabe quando tudo está tão confuso
que qualquer final pra esse texto parece redundante?

Eu estou sendo redundante (desde muito tempo)
E é isso que não me deixa te deixar.



'Cause all of the stars
Are fading away
Just try not to worry
You'll see them some day
Just take what you need
And be on your way
And stop crying your heart out' - Oasis

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Pedaços

Esqueço.
Quero e não quero dizer o que penso pensar.
É uma desarmonia de contrários que faz sentido pra mim. Quase sempre, at least.

Lembro?
É doce sentir o que eu quero esquecer.
É impressionante ver a beleza na tristeza
que nem vive aqui.
Ela se instala ocasionalmente,
só pra me lembrar o quanto o sorriso é importante.
Me ensina a amar meus amigos intensamente.
Me cobre de certezas.(por mais estranho que pareça)

Sinto.
Sinto e não nego.

Preciso.
Muito.
Overdoses.
Não escondo minha ganância sentimental de ninguém.
Eis aqui a prova irrefutável.

Estou ouvindo
A música que me prepara pra você.

Estou pensando
em maneiras de atingir a completude de quem se basta,
em maneiras de ignorar essa hipocrisia nojenta,
a continuidade da mentira
de quem atravessa meus olhos e sentimentos
sem qualquer pudor,
sem qualquer desejo de completar meu lirismo.

Se me engano?
Me engano sempre
e gosto de respirar aliviada quando descubro a suposta verdade que me acalma,
ou que provoca a liberdade do meu espírito.

Não é muito,
mas o que eu posso dizer agora para mim mesma
e pra você, que lê meu blog porque ficou curioso,
ou porque gostou,
ou porque eu te mandei o link várias vezes
ou mesmo porque você acha isso tudo um porre:

É que as flores sempre voltam a brotar.
Não há inverno sentimental que não tenha fim.
E essas lágrimas?
São só pedaços.... pedaços do auto-conhecimento que constrói a felicidade.

E a liberdade?
Ah.... ela tem gosto de amor próprio.

sábado, 18 de abril de 2009

Basta olhar no fundo dos meus olhos
Pra ver que já não sou como era antes
Tudo que eu preciso é de uma chance
De alguns instantes

Sinceramente ainda acredito
Em um destino forte e implacável
Em tudo que nós temos pra viver
E muito mais do que sonhamos

Será que é difícil entender
Porque eu ainda insisto em nós
Será que é difícil entender
Vem andar comigo...


Vem, vem meu amor
As flores estão no caminho
Vem meu amor
Vem andar comigo


J.Quest


Não resisti à tentação de apertar CTrl/C e Ctrl/V... A razão?
Ah... a razão? Onde estará essa digníssima senhora agora?
Tão perto e tão longe.
Acho que aqui só ficaram os restos.



(Nem tudo se cria, muito se copia- inclusive a dor e a melancolia, infelizmente)


Não quero dizer nada bonitinho
nem muito bucólico ou, sei lá... quero ter a liberdade de falar e não dizer nada.Não estou num momento extremamente produtivo ou completo.
Nem estou à beira do meu abismo pessoal, estou?
Sem filosofias ou frases de efeito. Está meio frio e eu quero queijo e pão.
Nem estou na vibe de pensar no depois (isso está ficando doentio...),
não quero, não quero, não quero!

Abre e fecha.
Tic-tac, tic-tac
Flash
e culpa.

too much
and less than I can't admit.
São as pseudo-flores sentimentais brotando.

O que vai ser de tudo isso?
E de todo 'eu'?

Vai embora
e me deixe no silêncio do chá preto ou do café, tanto faz.

Se não entende,
pra quê perguntar?

No more messages today.
Muitas.

Pedir socorro seria muita vergonha?

Nego e me abandono.
Quero e sinto tanto a falta.

Do que eu falava mesmo?
Ah, sim... A música... linda!
Pena que foi entrecortada pela minha realidade...

(soou emo? Who cares?! If u care, fuck u!)

domingo, 12 de abril de 2009


Forget about that.
Why is just impossible for your little mind(and heart)?
Let the details,
Let the memories,
Let everything behind... seems to be easy.
Forget about that.
Why can't you ignore him?
Why can't you hate him, his smile
and voice?
Why can't you hate the way he said he
couldn't love you...?
Why can't you admit that it is just nonsense?
Forget about that.
He wouldn't be there for you, anyway.
He doesn't care, after all.
Look up, girl.
You deserve better.
You deserve the best.
Just say: 'no, thanks'
That's enough.

sábado, 11 de abril de 2009

Freak

É estranho não conseguir escolher sobre o que escrever...

É muita oferta,
ou pouca procura da minha parte?

Vasculho essa madrugada em busca de motivos menos óbvios
e palavras já maculadas pelo uso tão melancólico e costumeiro...

É o frio que me incomoda?
Ou é algum tipo de ausência que não sei nomear?

É estranho não sentir meus sentimentos vacilarem ao ouvir minhas
músicas...

Isso é insensibilidade
ou ambição sentimental em alto nível?

É frieza
ou pretensa sabedoria?

É estranho ainda pensar tanto nos mesmos detalhes...

É vontade de viver
ou desejo de ficar parada no tempo de ser quem eu sou em exagero?


Não sei do que falar.
Nem sei muito bem o que quero.

As dúvidas são pertinentes.... as lágrimas também?

Não quero caber em definições (poéticas, politizadas, filosóficas ou espirituais), enfim...

É estranho,
Mas é tempo de algo novo que meu coração anseia,mas ainda não conhece.

domingo, 5 de abril de 2009

?!,...;( )

Tantas coisas aqui.
Tantas.
Não consigo continuar.
Aqui.

Não consigo me manter no silêncio do não-pensar.
Essa possibilidade não existe pra mim.

Am I changing something?
Or.... I don't know, I'm just mixing the datails of myself.

Parafraseando, cambeando mis palabras...

Não sei nem em que língua me expresso,nem por quem me mantenho.

Não quero saber
nem des-saber.

Não quero mudar
nem permanecer.

Não quero beijos,nem abraços, nem nada de sentimentalismos.

Não quero dizer a verdade.
Aqui.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

If it rains, you'll be the first to know

Ouço o barulho da chuva entrar pela janela...
Não... é um temporal.

Sorrateiro, não pediu licença nem perguntou se havia necessidade.
Não quis saber se era hora de chover ou de secar,
se era o momento de ouvir seu doce canto ou dormir no silêncio.

Gotas saltam pelo peitoril da janela e eu não faço questão de fechá-la... quero manter meus sentidos
abertos à eterna nostalgia que a chuva me traz.

O vento está frio... mas não vou me agasalhar.
Quero mesmo é sentir o inesperado e tão único.
Quero mesmo é ouvir essa canção da chuva bem alto, como quem ouve sua música preferida.

Quero tudo e tanto...
Uma enxurrada de desejos.

Não pára de me surpreender, essa tempestade sentimental.

Faltam tantas cosinhas pra completar esse 'sentir' tão meu...
Faltam tantas águas de Março para fechar o verão das minhas decepções...







E...
Um pop-up tão pertinente não poderia ser ignorado:

I was just guessing at numbers and figures
Pulling the puzzles apart.
Questions of science, science and progress
Don't speak as loud as my heart.
So tell me you love me, come back and haunt me,
Oh, when I rush to the start
Running in circles, chasing in tails
coming back as we are.

Coldplay

domingo, 29 de março de 2009

Respire

Inspire.
Busque o ar da compreensão nesse mar de fúria e tormento.
Não é desamor,
nem tristeza.
Não é pessimismo,
nem soberba.

Não há uma maneira simples de começar
e dizer,
e sentir
tudo que se precisa sentir...

Não há um caminho totalmente ensolarado
nessa floresta de dúvidas.

Não basta.

Não existem motivos
só razões tortas, porém convincentes.

Expire.
Consolo?