sexta-feira, 29 de maio de 2009

Silêncio

Dói mesmo.

Meu estoque de eufemismos acabou.


Talvez o silêncio
Nunca me perdoe
Por ter dito que te amo
Sou vítima de mim mesmo
De minhas próprias frases
Da minha própria consciência

Tenho procurado entender a minha vida
Mas as conclusões a que cheguei
Não são nada conclusivas
Esperei o tempo necessário para compreender
Que na verdade eu não posso ter você...

(REFRÃO)
A vida é assim
Eu tenho que me acostumar
Os dias irão surgir
O sol irá brilhar aqui...

E hoje é o primeiro dia
Do resto dos nossos dias
E eu ainda espero por você
Entre e feche a porta
Tente me entender
Acalme-se pois você vai ver
Eu posso te olhar
Também posso te tocar
Mas não com o coração...


E hoje é o primeiro dia
Do resto dos nossos dias
E eu ainda espero por você
Entre e feche a porta
Tente me entender
Acalme-se e você vai ver
Que estes são os meus problemas
Os problemas que não tenho
Que crio em minha mente por você...
Por você...
Por você...
Por você...
(Reação em Cadeia)

domingo, 24 de maio de 2009

'O mundo está ao contrário e ninguém reparou'

Cada dia mais eu vivo as provas dessa conclusão do Nando Reis.
Continuo me surpreendendo, contudo.
Quase ninguém repara, quase ninguém se importa.
Eu não me conformo.
Jamais me calarei diante do que eu acredito, certo ou não.

Whatever.
Tecla F5 é tão vital...


É muito pouco.
Escrevi muito pouco. Voltei porque eu adoro verborragia.
Nunca que me contenho.
Por que não posso apenas ser assim e encontrar a tal completude de quem se basta?
Minha poesia melancólica,minha doença pelo exagero, pela repetitividade, abraços, chuva e Fernando Pessoa vão continuar imóveis.
Mas o fato é que eu odeio a inércia desses dias de ausência.

Me pego citando frases e recuperando músicas velhas...
Tudo em busca do ar renovado que eu sei que mereço.

Eu preciso merecer.

Tudo misturado.
Está tudo misturado aqui.
Rock, blues, hardcore, pop... Muito mais do que eu posso entender
ou admitir.


Desejos inomináveis.
E ainda assim... o mundo ainda está ao contrário.

Eu permanceço.
upside down











'Eu sou a chuva pra você secar'

sábado, 23 de maio de 2009

Súplica

Eu peço calma pra seguir
e alternar os motivos dessa falta (ou mesmo exterminá-los).
Eu peço sensatez pra pensar
e não desperdiçar lágrimas por motivos torpes e pessoas fúteis.
Eu peço sabedoria pra escolher o caminho...
Não o 'certo' (já que isso nem existe), mas o menos errado.
Eu peço egoísmo pra me ver por completo
e humildade pra entender meus pequenos motivos pra ser triste.
Eu peço autruísmo pra absorver os ensinamentos da decepção,
as lições do tropeço
e a tranquilidade da decisão tomada.
Eu peço silêncio pra escutar minhas preces,
pra ouvir meu coração e conceder-lhe a chance de apenas sentir.
Eu peço tempo pra curar as feridas
e sorrir de verdade, sem hipocrisia.
Eu peço dúvidas pertinentes, respostas convincentes
e carinho ( e suas variações) sem álibes.
Eu peço velhas palavras
pra externar novos sentimentos.
Eu peço certezas
pra gladiar com essas velhas dúvidas.
Eu peço um espectador
pra essa poesia... e pra essa vida.
Eu peço um momento de calmaria
em meio à essa tormenta.
Eu peço qualquer parte de devoção
pra devolver meu ar e me mover adiante.
Eu peço um filete, apenas um filete de esperança(tão clichê)
pra me fazer sorrir.
Um pouco.
Hoje.




'O segundo que antecede o beijo
A palavra que destrói o amor
Quando tudo ainda estava inteiro
No instante em que desmoronou
Palavras duras em voz de veludo
E tudo muda, adeus velho mundo
Há um segundo tudo estava em paz' - Paralamas do Sucesso

Poetry is not a turning loose of emotion, but an escape from emotion; it is not the expression of personality, but an escape from personality. But, of course, only those who have personality and emotions know what it means to want to escape from these things.
T. S. Eliot

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Desejo de Ano Novo em Maio

O que eu quero mesmo é um amor que não me deixe escolhas.
Que seja categórico,
possessivo,
que não me conceda livre-arbítrio.
Que me puxe pelo cabelo,
me obrigue a olhar nos olhos e fazer loucuras.
O que eu quero mesmo é um amor
que não me dê saídas,
que me prenda
e jamais me pergunte 'você quer?'
Meus desejos pouco importam,
eu não tenho opção: preciso amar.
E amar muito,
redundantemente.
O que eu quero mesmo é um amor
sem pudor
ou hora marcada.
Sem tréguas ou 'tempos' (ridículos!),
cheio de recaídas e surpresas.
O que eu quero mesmo é um amor
sem precedentes.
Sem bula
ou antídoto.
Que mova meus sorrisos
e me cubra de beijos;
Que me abrace com desejo
e meu roube de mim mesma...
sem direito à resgate.







Que a minha loucura seja perdoada porque metade de mim é amor e a outra metade também.
Oswaldo Montenegro

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Copiar e colar é preciso

Versos Escritos N'água

Os poucos versos que aí vão,
Em lugar de outros é que os ponho.
Tu que me lês, deixo ao teu sonho
Imaginar como serão.

Neles porás tua tristeza
Ou bem teu júbilo, e, talvez,
Lhes acharás, tu que me lês,
Alguma sombra de beleza...

Quem os ouviu não os amou.
Meus pobres versos comovidos!
Por isso fiquem esquecidos
Onde o mau vento os atirou.




Sempre fui meio 'contra' explicar poesia, visto que sentir seria suficiente...
Mas essa madrugada lendo Manuel Bandeira (exaustivamente, aliás) pensei nas milhões de coisinhas que movem meu lápis e percebi que eu me explico através dessa pseudo-poesia, ou poesia ou sei lá o que eu penso escrever.
Mas será sempre assim: escrever me salva sempre. (a redundância é necessária)

Queria poder sentir o que os outros sentem quando leem o que eu (acredite:humildemente) escrevo;
Queria saber se atinge, e como atinge.Talvez essa seja uma das razões desse blog.

Ah... Bandeira acertou em cheio c esses versos... escolha a opção que quiser para me entender (ou não): posso ser muitas, mas continuo me guiando pela passionabilidade( neologismo?) que é tão própria da Rayanna ou da Garota Devaneio, tanto faz.
Ambas me mantém e me suportam.
Ambas me concedem o prazer da poesia.

Enjoy
whatever u do!

domingo, 10 de maio de 2009

Novidade

Sabe quando você não consegue admitir pra si mesma o que sente?
É covardia ou auto-defesa... ainda não descobri.

Sabe quando aquele velho sentimento sem nome continua te perturbando?
Roubando seus sorrisos
e se esquivando entre sua suposta fé?

Sabe quando você não consegue esquecer...
sua memória insite em te pregar peças, te faz lembrar detalhes
que já deveriam ter sido engolidos pelo tempo do 'tanto faz'.

Sabe quando seu coração dói,
mas ninguém sabe disso...?
Quando suas lágrimas não rompem o limite do perceptível
mas te condenam à uma solidão cheia de tormento?

Sabe quando você quer fugir e permanecer...?
Let go e pagar pra ver.
Pagar pra ver seus pequenos desejos serem esmagados pela realidade,
pagar pra ver sua singularidade sentimental.

Sabe quando o assunto já se esgotou
mas você continua sentindo a angústia?
Quando você não pronuncia mais o nome
mas sente o cheiro?

Sabe quando você se ignora
e tenta se distrair, sorrir, gritar, dançar...
mas nada acalma esse desespero - quase - silencioso.

Sabe quando tudo não passa de um engano?
E o que foi, o que será... não fazem o menor sentido.
Não existem sentidos,
nem álibes perfeitos.
Não parece existir saída pra essa obessesão.

Sabe quando você merece um sorriso... mas só recebe a indiferença?

Sabe quando tudo está tão confuso
que qualquer final pra esse texto parece redundante?

Eu estou sendo redundante (desde muito tempo)
E é isso que não me deixa te deixar.



'Cause all of the stars
Are fading away
Just try not to worry
You'll see them some day
Just take what you need
And be on your way
And stop crying your heart out' - Oasis