segunda-feira, 29 de junho de 2009

Que

Queria dizer tanto mais, mas o tédio e as paredes estão me oprimindo.
Que amanheça logo, que eu me perca em meus compromissos esquecidos, que esqueça a chave e deixe o telefone fora do gancho.
Que o frio começe, que as mentiras se desfaçam, que eu possa sorrir e ignorar que eu sei muito bem os caminhos que meu coração sempre toma.
Que meu estômago pare de doer, que eu recupere a sanidade necessária para decidir, que eu viva esses minutos de chatisse sem atormentar ninguém além de mim mesma e do meu pobre blog lido por ninguém.
Que amanhã eu esteja cansada porque fiquei até tarde ignorando o relógio, ouvindo Leoni e procurando poesia na internet.
Que eu possa esconder as olheiras. Que eu possa caminhar por esse caminho de previsibilidade sem desejos homicidas.
Que a TV não esteja ligada perto de mim, que o quarto se arrume sozinho.
Que não me digam a palavra 'amor' em língua nenhuma que eu possa entender. Vai levar um soco. Vou virar as costas e te deixar agonizar. Eu acho é pouco.
Que o mundo continue surdo para minhas opiniões.... quem liga?!
Que os idiotas continuem achando que eu sou idiota também!
Que a luz vá embora, que o tal do sistema saia fora do ar quando chegar a minha vez!
Que a promoção acabe, que o suco de maracujá encareça!
Que apareça mais uma espinha bem no meio da cara,
que me não me vejam,
que me atropelem com sua hipocrisia,
que se exploda!
Torre, amasse, acabe!
Que se mate, ou encontre alguém pra fazer o serviço.
Que se revele, assuma logo o que tiver que assumir. Odeio covardes!
Que minha cama esteja bem fria quando eu for me deitar hoje. Que meu caderno de poesias esteja sem espaço.
Que esse tédio permaneça,
afinal...

é um porre mesmo!

Não tenho uma palavra

É começo de inverno, é final de semestre. Estou procurando músicas novas mas acabo caindo nos mesmos lá lá lá's. Estou procurando sentimentos novos mas acabo gostando de ser simbolista.
Curioso como a tal da rotina acaba levando os caminhos para o mesmo ponto.
Continuo com preguiça de ouvir longas histórias sobre nada, prestar atenção nos detalhes da novela, da última fofoca da cidade, da última super conquista do fulaninho de tal.
Parece soberba, mas é cansaço mesmo.
Ah, que tédio desse 'mais do mesmo' do qual Renato Russo já reclamou tanto...

Você não se cansa não?

De ouvir o papo furado, as mentiras dos mesmos bossais, das desculpas e eufemismos?
Eu me canso demais.
Eu sofro com isso. Mordo minhas bochechas, incentivo a úlcera, fortaleço a possiblidade do enfarto e coço a nuca insistentemente.
Chega uma hora do dia em que fatalmente eu penso (e às vezes exclamo para mim mesma): HEIN?

Será que todo mundo se conforma com essa chatisse?
Será que as pessoas acham que eu acredito nas suas boas intenções?

Contar um segredinho: nessa escola de medíocres em que você estudou, eu nem botei o pé, claro, mas eu recebi as correspondências, li tudo, fiz o dever de casa e mantenho meus olhos bem abertos.

Não adianta.

domingo, 21 de junho de 2009

Não se pode servir a Deus e a Mamom

segunda-feira, 15 de junho de 2009

TPM - Tenho Pressa Mesmo

Tenho pressa mesmo.
Quero que esse sentimentozinho inominável passe.
Não posso mais ouvir as mesmas músicas
no desespero de ouvir seu nome entre a melodia.
Não posso escrever besteiras de madrugada
e achar que o mundo se preocupa com minhas fases.

Tenho pressa mesmo.
Saia.
Me recuso a soltar as lembranças
em nome de uma esperança que brota, se alimenta e sobrevive sabe-se lá do quê.
Tenho crises de sonho
e momentos de racionalidade breves.

Tenho pressa mesmo.
Já mudei os móveis,
o layout,
o twitter,
a playlist do MP4,
a foto do celular...

Tenho pressa mesmo.
Quero atender o telefone e te mandar pro inferno.
Quero pintar minhas unhas de azul.
Quero vestir a minha blusa rasgada do Evanescense.
Quero comprar Häagen-Dazs,
Ler 'Marley e eu',
sentir 'nada',
ir pra próxima festa
e me divertir sem te procurar entre a multidão.

Tenho pressa mesmo.
Sou imediatista.
Quero uma solução pra essa insensatez.
Quero perfumes novos
e fotos novas,
pessoas novas que me façam esquecer suas pequenas opniões.

Tenho pressa mesmo.
Quero esquecer.
Já virou poesia demais.
Já me encheu a paciência.

Porre, macumba, novena, figa, pensamento positivo,
drogas alternativas, posts, corrida,
amigos, ingressos, alienação.
Nada foi suficiente.

Tenho pressa mesmo.
Quero esquecer que escrevi isso.
Quero esquecer que perdi tantas palavras com você.


Aliás, você e o Nando Reis são os culpados:

'PRA VOCE
GUARDEI O AMOR
QUE NUNCA
SOUBE DAR
O AMOR QUE TIVE
E VI SEM ME DEIXAR
SENTIR
SEM CONSEGUIR
PROVAR
SEM ENTREGAR
E REPARTIR
PRA VOCE GUARDEI
O AMOR QUE SEMPRE
QUIS MOSTRAR
O AMOR
QUE VIVE
EM MIM'

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Sem vergonha





Esse é um momento de súplica.

Esse é um momento em que meus olhos e meu coração não estão unidos.
Gritam verdades e dúvidas,
contradições...
Esse é um momento em que não posso mentir
ou fingir que a poesia que se esvai aqui não tem razões
ou destinatárioS.

Esse é um momento de súplica.

Rendo-me aos sentimentos sem nome que tomam
minhas noites de insônia.
Procuro uma supresa nesse mar de marasmo
e silêncios.
Esse é um momento em que minha voz não se atreve a pronunciar
o que meu lirimo grita...
Um momento em que os detalhes desse dia cinza se misturam às músicas no último volume,
festas,
beijos,
cafeína
e inclinação byroniana.

Esse é um momento de súplica.

Aqui está meu rosto para que você possa olhar
demoradamente
e tentar entender a complexidade (boa ou/e ruim)
que ele guarda.
É só um olhar, afinal;
É só uma foto dentre tantas...


Esse é um momento de súplica.
Vá além do aparente
e perceba o que está preso dentro de um sorriso.
Se demore em me ler
para que você possa misturar suas idéias às minhas.

Esse é um momento de súplica.
Rasgada,
óbvia,
sem vergonha.



Esse é o meu momento...

De súplica...

De mais do mesmo
de verdades veladas,
de falta,
de suposta alegria
ou melancolia... Não posso tentar nomear.

Se você sempre esteve aqui, obrigada.
Se você jamais partiu, permaneça.
Se você nunca esteve, não me olhe nos olhos ou leia meus textos preenchidos pela loucura de ser quem eu sou sem reservas.
Se você não pode suportar, admita.
Se você não compreende, desista.


Esse é um momento de súplica.
Fim. ( do texto, e não da súplica)

domingo, 7 de junho de 2009

Quase sem querer

Me acusa de ser quem eu sou.
Então, vá em frente, me prenda.
Me grite suas verdades questionáveis
e me faça renunciar a mim mesma.
Provoque o arrependimento,
desprendimento
ou qualquer sentimentozinho que eu preciso descobrir.

Me diz que eu não sei te amar.
Tudo bem.
Mas não questione o meu amor próprio, eu não vou permitir.
Dê meia volta se acha que eu preciso de doses de desejo ocasionais
e comandadas pela sua imperícia sentimental.

Me julga sem dados concretos.
Teve medo de entender e amar.
Covarde.

Me interpreta mal...
te falta inteligência e uma dose exagerada de lirismo ou vodka,devo dizer.

Me diverte com sua imaturidade
e suposto juízo.
Seus detalhezinhos, não me lembro de quase nada.
Sua voz some mais e mais...

Ela é substituída por poesia.


Adoro escrever sobre nada!