domingo, 20 de setembro de 2009

Não era ouvida.
Silenciaram seu coração.


Não sentiam.
Não viam seus detalhes.
Desconheciam sua cor.

Não se importavam.
Na verdade nem era vista por completo.

Cobram sorrisos
e contentamento.
Só doam tristeza
e desalento.

Querem vê-la ser quem é
mas nem sabem quem é.

Precisam acreditar que tudo
pode ser diferente,
Mas é mentira.

Suas lágrimas são doces... tão velhas conhecidas.
O vazio que toma seu corpo
lhe é peculiar.

Não vai mais escutar
nem desejar mais nada.

Vai se esquecer.

Não vai ser nada do que foi antes.
Não vale à pena.


Que seja o que for,
e que parta sem deixar saudade.

Que perpetue esse ciclo de soluços
e mágoa,
incredulidade e raiva.

Que maltrate.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Enrolando

Na verdade eu estou enrolando.
Há horas procuro um tema pro post. Fiquei enrolando... olhei sites fúteis, orkut, li poesia... pura enrolação.
Talvez eu esteja tentando fugir do mesmo que me atormenta: a chatisse de ser/dizer sempre as mesmas coisas.

É uma espécie de tédio e tontura que preencheu esses dias de pré-primavera (mas com mais cara de verão que tudo);
É um cansaço generalizado de quase tudo e todos.
Todos mesmo. Principalmente de mim mesma.

Cansa ser.
Cansa sentir.
(culpa da Monografia também!)


Me enrolo, me controlo mas sempre me extrapolo

nas minhas ações,palavras, expectativas e sonhos.
Não sei me contentar com menos.
Nem com essa enrolação.
Por isso estou tão chata hoje.

Ah, então... cansei desse post tb.


Nada a ver:




mas sei lá.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Pra você

Como juntar as ausências que preenchem seu coração?
Como uní-las em prol de algo além das lágrimas e mágoa?
Quisera eu poder unir as partes do seu coração com um adesivo definitivo...
Quisera eu poder apagar as lebranças dolorosas.
Que permaneça só o sorriso
e a devoção que a amizade definitivamente exige.
Que permaneça só a calma que a certeza oferece.
Quero secar suas lágrimas
de maneira que elas desaprendam o caminho da sua face.
Quero reparar essa tristeza
para ouvir sua doce risada de novo.
Pra rirmos com ou sem motivo,
pra vivermos esse tempo de sonhos e efemeridades.
Só o tempo revela, cura e supre nossos desejos.
Não adianta questionar...
O tempo vai passar e levar o que não pertence ao
presente nem ao futuro.
Então faça suas malas
e leve só o que ficou de bom.
Existe limite de bagagem
porque o futuro exige espaço...
Intocado, folha em branco, recomeço.
Eu estarei e esperando no desembarque.
Não se preocupe.







Weeping willow,

With your tears running down.

Why do you always weep and frown?

Is it because he left you one day?

Is it because he could not stay?

On your branches he would swing,

Do you long for the happiness,

That day would bring?

He found shelter in your shade,

You thought his laughter would never fade.

Weeping willow stop your tears,

For there is something to calm your fears.

You think death has ripped you forever apart,

But I know he’ll always be in your heart.






Meu melhor amigo. Te reencontrei depois de tanto tempo...
sofro com a possibilidade de te perder para a amargura.
Reaja.
Eu estou aqui com você.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A verdade

Abruptamente me viu.
Assim, meio de surpresa...
Assasinou os pequenos sentimentos que viviam me rondando.
Aniquilou aquelas memórias que tanto tempo não conseguiu mover.
Abandonei as perguntas sem razão e as pessoas pequenas que não merecem minha vida.
Acabei caindo na tentação de esperar. É sempre assim. Para os poetas ou não.
Assumo: quero.
Aceito: sorrisos, carinho, bilhetes, devoção, beijos, interesse, mãos dadas.
Adoro tudo: voz, olhar, inteligência e caráter mas tenho medo da perfeição...
Ao seu lado eu iria até onde minhas palavas perdem o sentido, eu saberia mais do muito que ainda não entendo, eu viveria mais do que meus sonhos premeditam.
Anuncio aqui o que não pode ser dito lá.
Ainda que eu me cale, aqui vive essa estranhisse que não me deixa ficar triste, reparar que já está tarde ou quantos textos eu não li.
Acordo pensando na poesia que eu posso sentir no ar... e
Acredito mesmo que existe um mistério rondando nossos nomes e futuros.
Aqui eu posso acreditar e até viver o presente desse desejo.
Aqui eu posso te amar. Manter seu nome nas entrelinhas.
Arrumar meu coração pra você.
Ajustar o tempo de saudade.
Assim.... é assim mesmo que eu quero me manter até você chegar.
Ameno amor.
Assustadoramente completo.
Apaixonadamente meu
Amor.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Saravá desse suposto amor!

Andei pensando nas razões do (suposto) amor.
O que te conduz no caminho do amor?
Quais são rotas para se chegar aos sentimentos de outra pessoa?
Como despertar o tal gigante adormecido que fatalmente existe em todos nós e que conecta as pessoas (provisóriamente ou não)?
Parecem perguntas clichês, simplistas e sem futuro, mas a especulação sobre o assunto me agrada profundamente.

Estou permanentemente tentando entender como esse tal sentimento brota, toma os seus, os meus, os nossos dias sem qualquer consentimento e modifica a maneira como vivemos e enxegamos a vida.
Existe um mapa? (se alguém encontrar, me avise,por favor.)
Existe previsibilidade quando se trata de sentimentos?
Porque eu sempre me envolvo com altos, chatos, idiotas, sem noção e morenos se o que eu quero mesmo são altos, inteligentes, românticos, diveridos (e morenos)?
Porque metade das minhas amigas está ou esteve com algum desses caras bossais também?
Porque a maioria delas (e eu esou incluída nessa estatística) se contenta com tão pouco?

Nãoo.... amor pede EXAGERO!
Que palhaçada é essa de aceitar só um pouquinho, de desejar só um pouquinho ou se contentar com o zé fulano que não acrescenta nada, só sabe reclamar, falar de si mesmo ou te tirar o brilho da vida?

Saravá desse suposto amor!

Se eu soubesse a rota pra atingir o total, completo, calmo e definitivo amor, eu provavelmente não estaria aqui, divagando sobre o assunto já que amor pede presença e eu estaria com o meu.
E você que esta lendo estaria com o seu.

Como somos todos (na maioria,pelo menos) uns sem-amores extras (porque amor próprio é item de série mesmo!), vamos aproveitar o momento e deixar cairem essas máscaras de falso contentamento, de quietude e descupas esfarrapadas.

Se rebele!

Assuma que você quer/precisa de um amor que te faça melhor, e não mais um que te tire o sono (injustamente)!



Quem pode dizer,com total segurança que nunca vai sofrer/nunca sofreu por amor?
É hipocrisia dizer que não. Se não sofreu ainda, se prepare porque o dia de todo mundo chega. Fato.
Até os mais descrentes já choraram, já se fizeram a mesma pergunta várias vezes,já encheram a paciência dos amigos falando dele/dela, já prometeram o impossível (não lembrar, não ligar, não sentir a falta e tudo o mais...), já caíram em clichês, já fizeram merda (sóbrios ou não), já se arrependeram terrivelmente...

Então... Se tudo isso fatalmente vai te acontecer um dia... QUE SEJA POR UM BOM MOTIVO: por ter amado demais.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

À pedidos (meus e alheios)

Declara-me que não pode mais viver sem o meu sorriso.
Espalha sobre mim todos os seus sonhos mais absurdos e intensos.

Pra ontem ou pra daqui muitos anos... quero viver o seu amor sem prazo de validade.
Quero escutar sua gargalhada fantástica sempre e tanto.
Quero te apresentar à poesia concreta
e a discreta, que está na vida que eu te concederei.


Use sua voz pra me dizer que tingi seu mundo de outra cor.
Sem medo de ser ridículo, use seu tal romantismo pra me amar e
me conceder uma fonte totalmente inusitada de lirismo.


Grita que me vê além das minhas frases e exageros...
diz que sabe o que se passa em meu torpe coração
e sentimentos sem álibes.

Metade de mim, toma a parte que falta e declare sua posse.

Com você eu abandonaria esse subjuntivo e viveria o presente da completude
sempre que pudesse olhar e viver essa sua doçura.

Faça-me esquecer quantos dias passaram antes ou depois do nosso último beijo.
Derrama o juízo
e mantenha nós dois assim, unidos, sempre.

Intensamente, completamente... me sequestre pra você.
Não contarei a ninguém que sou sua prisioneira,
ré confessa
e vítima que consente o cárcere da sua paixão sem medidas.