segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Em silêncio

Hoje é um dia de silêncio em meu coração.
A noite foi turbulenta. As memórias sacudiram minha mente,
As semi-memórias macularam meu descanso,
O irrealizável maltratou minha segunda-feira.
Hoje é um dia de tristeza.
Quero dar nome às lágrimas,
abandonar qualquer filete de felicidade
e falar bem baixinho.
Hoje é um dia pra ser sozinha,
pra reutilizar esse vazio de coisa nenhuma.
Hoje é um dia para sofrer
esse desafio da espera.

Sem álibes.
Sem motivos muito claros,
mas todos tão justificáveis.
Hoje é um dia nublado no meu coração.
Nem tempestade, nem sol, apenas nublado.
Pouco demais.
Não cura nem mata.
Hoje é um dia de músicas sussurradas,
angústia
e cigarro, se eu fumasse.
Hoje é um dia sufocante.
As mágoas dos últimos tempos estão se organizando
pra tomar minha fé.
Hoje é um dia de quietude;
silenciar,
pra quem sabe entender.
Ouvir apenas... pra continuar vivendo.
Hoje é um dia de poesia...
a mais triste que puder ler.
Hoje é dia de soluços contidos.
Dia de pensar a verdade sobre si mesmo
e apenas chorar. (não há outra opção)
Hoje a palavra melancolia é pequena demais
pra conter tantos significados supostamente ocultos.
Hoje nem o uso de primeira pessoa consola.
Hoje é um dia de olhos fechados
e stand by.
Hoje nem a súplica é suficiente.
Hoje é um dia de nadas.
Hoje é um dia pra esquecer.

Cala essa dor dos silêncios do meu coração...
Não quero mais.






Você que já não diz pra mim
As coisas que eu preciso ouvir
Você que até hoje eu não esqueci
Você que eu tento me enganar
Dizendo que tudo passou
Na realidade é que em mim você ficou

Você que eu não encontro mais
Os beijos que já não lhe dou
Fui tanto pra você e hoje nada sou.

(Roberto Carlos)

domingo, 8 de novembro de 2009

Nothing

Não preciso de desculpas para me conter.
Não preciso de motivos reais e plausíveis para escrever, essa verborragia me persegue a tormenta,
maltrata e acalenta.
Não preciso de olhares vazios de sentido ou ligações baseadas em desejos pouco úteis pra me sentir bem no final da noite.
Não preciso de consolo porque o que sinto vai bem além de tudo que eu posso explicar.
Meu lirismo é romântico.
Saúda aqui a melancolia que definitivamente me cabe,
Toca a solidão que eu mesma... preciso entender.
Não preciso dessa música tocando tão alta,
esse catalizador de sentimentos.
Eu sinto sempre e tanto.
Esgoto as possibilidades da primeira pessoa,
exagero o exagero de qualquer coisa.
Não preciso entender essa ausência do que não existe,
estou esmurrando meu teclado preto
em busca de supostas respostas que não vão acalmar meu espírito em nenhum sentido.
Não preciso de pessoas novas,
festas movidas a futilidades
ou beijos sem porque.
Preciso de qualquer coisa
que não pertença à esse ciclo de mágoas e déjà vu.


Nada, não é nada não...
Não me pergunte porque eu não estou.

Sempre nadas
me atormentando