quarta-feira, 10 de junho de 2009

Sem vergonha





Esse é um momento de súplica.

Esse é um momento em que meus olhos e meu coração não estão unidos.
Gritam verdades e dúvidas,
contradições...
Esse é um momento em que não posso mentir
ou fingir que a poesia que se esvai aqui não tem razões
ou destinatárioS.

Esse é um momento de súplica.

Rendo-me aos sentimentos sem nome que tomam
minhas noites de insônia.
Procuro uma supresa nesse mar de marasmo
e silêncios.
Esse é um momento em que minha voz não se atreve a pronunciar
o que meu lirimo grita...
Um momento em que os detalhes desse dia cinza se misturam às músicas no último volume,
festas,
beijos,
cafeína
e inclinação byroniana.

Esse é um momento de súplica.

Aqui está meu rosto para que você possa olhar
demoradamente
e tentar entender a complexidade (boa ou/e ruim)
que ele guarda.
É só um olhar, afinal;
É só uma foto dentre tantas...


Esse é um momento de súplica.
Vá além do aparente
e perceba o que está preso dentro de um sorriso.
Se demore em me ler
para que você possa misturar suas idéias às minhas.

Esse é um momento de súplica.
Rasgada,
óbvia,
sem vergonha.



Esse é o meu momento...

De súplica...

De mais do mesmo
de verdades veladas,
de falta,
de suposta alegria
ou melancolia... Não posso tentar nomear.

Se você sempre esteve aqui, obrigada.
Se você jamais partiu, permaneça.
Se você nunca esteve, não me olhe nos olhos ou leia meus textos preenchidos pela loucura de ser quem eu sou sem reservas.
Se você não pode suportar, admita.
Se você não compreende, desista.


Esse é um momento de súplica.
Fim. ( do texto, e não da súplica)

Um comentário:

  1. A dor varia;
    Assim como os sentimentos inexplicáveis.
    É triste não poder descrever a intensidade do amor.
    ou do desamor.
    Do rancor, do asco.
    Mais triste ainda é não ter com quem sentir isso.

    O cuidado é fundamental nessas horas.
    Quando se suplica alguma coisa, o ego pode ser machucado.

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