domingo, 30 de agosto de 2009

Sobriedade

Passei horas me enganando em sites torpes e idéias sem futuro.

A verdade é que esse meu jeito hipérbole de ser não me deixa viver os minimalismos da vida em paz.
Não consigo admitir a espera, a incerteza ou mesmo a inconstrância que me visita à intervalos estranhos e sem razão.
Tenho sido egoísta e tenho falado e pensando em mim mesma.
Tenho me mantido nesse silêncio intocado de mesmice e falsas esperanças.


Ser assim me faz ser quem eu sou... Não posso mudar, não sobraria mais nada...


Me inquieta e me faz vacilar perantes meus próprios desígnios.
Me desfaço em lágrimas ou palavras, tanto faz.
Essa verborragia é sintoma de saudade.
Saudade do que eu nunca senti.
Dos cheiros que me fazem falta, dos sorrisos que não me acompanham e das novidades que não me atingem.

Estou me cansando, isso é fato.
Esse uso de primeira pessoa é ridículo, já disso isso antes.
Será esse o propósito dessa 'quase-poesia' coberta de narcisismo?
Será essa a tal finalidade desses desencontros?


É a manhã de domingo batendo na janela.
Receio não haver sol.
Ainda que eu o anseie desesperadamente.


"Abençoados os que esquecem, pois aproveitam até mesmo os seus equívocos"
Nietzsche

2 comentários:

  1. Ray, querida e linda Ray,


    Adoro esse teu jeito sincero de espelhar-te em palavras, sem medi-las. Também faço isso às vezes, porque pior do que esconder-se dos outros é esconder-se de si mesmo(a).

    Não é egoísta pensar em si mesmo quando se está precisando disso. Pelo contrário: é um ato amoroso que pode inclusive ajudar o mundo em nossa volta, já que só quem se ama pode oferecer amor.

    Usa o teu travesseiro, garota devaneio. Chora, sente tua alma pedir mais de ti. Dorme, menina morena. Sonha com os anjos que estão junto a ti.

    E lembra que teu nome, Ray, foi sugestão do próprio sol, que mesmo oferecendo calor diariamente nunca se incomodou com aqueles que não estão nem aí.

    Lembra de teu nome, querida Rayanna, lembra que sempre haverá um amanhã para rayar, te aquecer e acordar para que façamos dele um novo dia.


    Beijos,
    Sidarta

    ResponderExcluir
  2. colega do céu, é grave.... tipo parece q sua quase poesia tem um destinatário, mas qdo se lê, percebe-se outro nas entrelinhas please, n é akele q n deve ser nomeado n, né? Mas é linda, adorei a citação do Nietzsce...

    ResponderExcluir