sábado, 1 de agosto de 2009

Tenho formas de me definir(?) e de pensar eu mesma tão distintas e variáveis que escolher uma só seria self-covardia.
Tenho milhões de idéias pré-estabelecidas,
lágrimas sem razão,
músicas sempre repetidas,
sorrisos,
ideologias fracassadas,
sonhos insanos,
planos plausíveis,
detalhes inomináveis.

Tenho formas de me entender que variam com o mês, com o dia da semana, com a maneira que o sol toca meu quarto, com as palavras que escuto ao longo do dia.

Tenho uma auto-imagem fragmentada e bem completa,
marcada pela inconstância
e a passionalidade que são tão minhas.

Lanço olhares sobre meu espírito continuamente, questionando a pertinência do seu governo.
Me pergunto tudo sempre.
Racionalização necessária pra seguir em frente...

Bagunço minhas memórias e certezas. E frequentemente construo memórias. Profilaxia.

Posso escolher mil jeitos de me definir, mas nenhum suficientemente fiel.
Não é soberba.
É só que falar de sentimentos é muito mais difícil que vivê-los.
Se definir é muito pouco perto da complexidade de viver.

Um comentário:

  1. 'Você sorrindo
    Só me faz acreditar
    Que só é triste,quem não tem
    Por quem chorar.'

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