domingo, 18 de outubro de 2009

Conclusão drástica ao post anterior

Eu não sei esperar. Fato.
Não sei não contar os milésimos de segundo,
não olhar o relógio permanentemente,
não ligar insistentemente,
não mandar mensagem.
Quero saber sempre e tanto
porque se atrasam,
porque o amor não aparece,
porque esse tempo de espera é tão sufocantemente chato
(E um tanto controverso, devo dizer).
Não sei esperar pela chuva quando está muito calor:
Eu quero mesmo é que caia a tempestade de uma vez.
Não sei esperar por um sorriso
em meio às lágrimas;
Quero mesmo é uma crise de riso interminável.
Não sei esperar compreensão
quando não sabem nem me ouvir
e só me julgam.
Não sei esperar por mais um dia
quando o que me sufoca está se manifestando e sobrevivendo das horas desse dia cinza.
Não sei esperar por alguém
que não tem a capacidade de se entregar a um sentimento mais profundo e que esteja além do seu mundo fútil e torpe, maculado pela hipocrisia.
Não sei esperar pela calmaria da fé
quando as dúvidas me perseguem e me fazem vacilar.
Eu quero - e preciso- acreditar definitivamente em tudo que possa me fazer mais feliz, agora mesmo, sem volta.
Não sei esperar pelo tempo do plural
enquanto vivo a singularidade distorcida dos meus exageros
e personalidade tão intensa.
Eu quero plural e tempo verbal comandados pelo meu coração
e desejo.
Não sei esperar pelo próximo final de semana e festa
enquanto o silêncio da minha mente me pressiona.
Quero barulho e diversão sem fim.
Não sei esperar pelo CD novo do fulaninho de tal,
quero descobrir músicas novas todos os dias
para embalar todos os momentos.
Não sei esperar pela inspiração,
eu preciso transformar em palavras tudo que estiver (ou não) ao meu alcance.
Não sei esperar pela vida perfeita, momento perfeito
eu quero viver desesperadamente todos os momentinhos, todos os defeitinhos. Sofro de gula congênita.
Não sei esperar pela pessoa perfeita,
ela se perdeu no caminho e eu não posso educar minha suposta paciência
porque eu não sei e não posso esperar.
Não sei esperar.
Será que eu quero aprender?






'No breu de hoje, sinto que
o tempo da cura tornou a tristeza normal'

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